domingo, 12 de abril de 2009

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA - 3º Magistério

ATENÇÃO ALUNAS: LER E ESTUDAR PARA O TREINO ORTOGRÁFIO E AVALIAÇÃO ESCRITA.

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Por: Marília Mendes




















ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
por Maria Tereza de Queiroz Piacentini*
Decreto nº 6.583, de 29.9.2008
Na coluna à esquerda estão expostas as regras do Acordo, a maioria ipsis litteris; à direita, em itálico, exemplos extraídos do Acordo, e em redondo, exemplos nossos.


1
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:
a A (á)
b B (bê) etc.



2
As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:

a) Em antropônimos (nomes de pessoas) e topônimos (nomes de lugares) originários de outras línguas e derivados
» Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista; Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano.
b) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional:
» TWA, KLM; K-potássio, W - oeste (West); kg -quilograma, km - quilômetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard); Watt



3
Verbos em -iar, ligados a substantivos com as terminações átonas -ia ou -io, admitem variantes na conjugação:
negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio (cf. prêmio); etc.
Outros: remediar (cf. remédio)- intermediar - agenciar - comerciar



4
Em algumas (poucas) palavras oxítonas terminadas em E tônico, geralmente provenientes do francês, esta vogal admite tanto o acento agudo como o acento circunflexo:
bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, caraté ou caratê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, puré ou purê, rapé ou rapê –
balé ou balê
Também: cocó, judo e metro



5
Não se usa o acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas:
assembleia, boleia, estreia, europeia, ideia, Coreia, proteico
Obs.: Nas oxítonas o acento permanece: constrói, dói, papéis, coronéis.
eu apoio, ele apoia , boia, heroico, introito, jiboia, paranoia




6
Não se usa acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que têm e tônico oral fechado em hiato com terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou subjuntivo:
[principais verbos: dar, crer, ler, ver]

deem, creem, descreem, leem, releem, veem, interveem, preveem, desdeem (de desdenhar)



7
Não se usa o acento circunflexo nas palavras terminadas no hiato "oo":
substs.: enjoo, voo, zoo
verbos: destoo, entoo, povoo



8
Não se usa o acento agudo nas paroxítonas com "i" e "u" tônicos quando precedidos de ditongo:
feiura - baiuca - boiuno
cheiinho - saiinha
Cp. seriíssimo, feiíssimo (proparoxítonas)



9
Os verbos arguir e redarguir prescindem do acento agudo na vogal tônica grafada u nas formas rizotônicas:
arguo, arguis, argui, arguem; argua, arguas, argua, arguam
Mas: ontem arguí um candidato. [mesma regra de “atraí, construí, influí”]



10
Os verbos aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins, podem ser escritos de duas formas:
averiguo,averigua, averiguam; averigue; enxaguo, enxagua, enxaguam; enxague, enxague, enxaguem, etc.; delinquo, delinqui, delinquem;
» com a vogal u tônica, porém sem acento gráfico
OU: averíguo, averíguas, averígua, averíguam; averígue, averígues, averígue, averíguem; enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxágue
» com as vogais a ou i radicais acentuadas fônica e graficamente



11
Acento diferencial
1. "pára" (verbo parar) de "para" (preposição)
Não se usará mais acento para diferenciarpara, pela, polo, pelo, pera.
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
3. "pólo" (subst.) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
Continua em: pôr e pôde
4. "pélo" (verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação preposição com artigo)
Facultativo: fôrma
5. "pêra" (subst.- fruta), "péra" (subst. arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)



12
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Conserva-se apenas em nomes próprios estrangeiros e seus derivados:
hübneriano, Hübner, mülleriano, Müller
Anhangüera [tupi, “diabo velho”]
Barigüi [tupi, “mosquito”]



13
Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio:
anos-luz, arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tio-avô, turma-piloto; amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, porto-alegrense, sul-africano; afro-asiático, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, segunda-feira; conta-gotas, guarda-chuva
Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente:
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.
Mas: para-brisa, para-choque, para-lama, para-raios, para-sol



14
Não se usa o hífen nas locuções de qualquer tipo. Isso significa que os adjetivos e substantivos compostos ligados por preposição ou outra partícula não são mais hifenizados, a não ser que designem espécies botânicas e zoológicas (item 15).
cão de guarda, fim de semana, sala de jantar; cor de vinho, cor de café com leite água de coco, o dia a dia, mão de obra, pé de moleque, dona de casa, bem me quer (mas bem-me-quer, planta), bico de papagaio (mas bico-de-papagaio, planta)Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, aos deus-dará, à queima-roupa.



15
Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas:
couve-flor, erva-doce, feijão-verde; ervilha-de-cheiro, bem-me-quer, formiga-branca; andorinha-do-mar, andorinha-grande, cobra-d’água, bem-te-vi



16
Emprega-se o hífen nos compostos com bem e mal quando o segundo elemento começa por vogal ou h e entre eles há unidade sintagmática e semântica. Quando o segundo elemento inicia por consoante, a regra geral é ocorrer a junção. No entanto, o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com o segundo elemento.
bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (malcriado), bem-falante (malfalante), bem-mandado, bem-nascido (malnascido) , bem-soante (malsoante), bem-visto (malvisto). Mas: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença



17
Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem:
além-Atlântico, além-fronteiras; aquém-Pireneus; recém-casado, recém-nascido; sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha



18
Usa-se o hífen nas formações com os prefixos ex, sota, soto, vice e vizo:
ex-diretor, ex-primeiro-ministro, vice-reitor, vizo-rei, sota-piloto, soto-mestre ex-vice-presidente



19
Emprega-se o hífen com os prefixos hiper, inter, super quando combinados com elementos iniciados por R:
hiper-requintado, inter-resistente, super-revista hiper-raivoso, inter-regional, super-rico


Quanto a sub, mantêm-se as regras:



» hífen para separar as letras B do prefixo e da palavra-base:
sub-base, sub-bibliotecário, sub-bosque
» hífen antes de R:
sub-racial, sub-ramo, sub-regional, sub-reitor, sub-relator, sub-reptício, sub-rogar


» hífen quando o segundo elemento inicia por H (ver item 20):
sub-hidroclorato, sub-hirsuto, sub-horizonte

Contudo, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa - VOLP 2009 traz subumanidade e subumano além de sub-humanidade e sub-humano, não tendo exemplificado o uso com habitação (nem sub-habitação, nem subabitação).


20
Emprega-se o hífen nas formações com prefixo em que o segundo elemento começa por H:
anti-higiênico, extra-humano, pré-história, sub-hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; geo-história, neo-helênico, semi-hospitalar



21
Emprega-se o hífen nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento:
anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno –

micro-organismo ou microrganismo
O prefixo RE foge à regra, ou seja, mantém-se a grafia de dois “ee” juntos, sem hífen:
reeducar, reerguer, reelaborar, reestruturar



22
Não se usa hífen nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por R ou S, devendo estas consoantes duplicar-se:
antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, biorritmo, hiossatélite eletrossiderurgia, microssistema



23
Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares:
a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique, o eixo Rio-São Paulo, a dicotomia teoria-prática



24
Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se “em geral” com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o:
coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.
Não mudaram: coabitar, coestaduano, coeternidade
Obs.: O VOLP 2009 traz coerdeiro. Já a Base XVI, 1º, a, do Acordo exemplifica o uso de hífen quando o segundo elemento inicia por h com a palavra co-herdeiro.
Grafia atual (em alguns casos, causando problema de identificação): coautor, coacusado, coadquirir, coedição, coeducar, coemitente, coendossar, coerdar, cofator, cofiador, cogestão, copartícipe, corredator, corresponsável, corréu, corré, cossenhor, cosseno, cossignatário

Novas palavras no VOLP, entre outras: coaluno, coassociação, cointeresse, cossísmico



25
Emprega-se o hífen nas formações com os prefixos circum- e pan- quando o segundo elemento começa por vogal, m, n, ou h:
circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-africano, pan-negritude
circum-hospitalar; pan-americano, pan-helênico, pan-ótico, pan-mítico, pan-naturalista. Mas: O Panóptico [livro] e um panótico/panóptico [por tradição]



26
A letra minúscula inicial é usada:

a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.
segunda-feira etc.
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano.
janeiro, fevereiro, verão, outono etc.
c) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.

d) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas):
norte, sul (mas: SW sudoeste)



27
A letra maiúscula inicial é usada: nos antropônimos e topônimos; nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos; nos nomes de instituições; nos nomes de festas e festividades; nos títulos de periódicos; nos pontos cardeais ou equivalentes quando empregados absolutamente; em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou totalmente em maiúsculas:
João, Branca de Neve
Biguaçu
Netuno
Páscoa, Carnaval, Quarta-Feira de Cinzas
Folha de Londrina

Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático

ONU, NATO, H2O, Sr., V. Exª.



28
Uso facultativo das maiúsculas ou minúsculas:

a) nos bibliônimos (nomes de livros) – afora a primeira inicial maiúscula;
a) Casos e ocasos raros no Brasil ou Casos e Ocasos Raros no Brasil
b) em palavras usadas reverencialmente, formas de tratamento ou hagiônimos (nomes religiosos);
b) senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel/ Bacharel Mário Silva, Vossa Senhoria ou vossa senhoria, papa ou Papa Bento XVI; santa ou Santa Inês
c) nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas;
c) aritmética/ Aritmética, ciências/Ciências
d) em início de versos; em categorizações de logradouros públicos, templos e edifícios
d) rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões, igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado, palácio ou Palácio da Cultura, edifício/ Edifício X



29
A divisão silábica em regra se faz pela soletração e por isso não se tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia.
» a-ba-de, bru-ma, ca-­cho, ma-lha, ó-xi-do, ro-xo, te-me-se, bi-sa-vó, de-sa-pa-re-cer, hi-­pe-ra-cús-ti-co, i-ná-bil, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do; am-bi-ção, de-sen-ga-nar, en-xa-me, ca-dei-ra, flu-iu, cam-brai-a, tran-so-ce-a-no, vo-os, prê-mio/prê-mi-o [prê-mio]
Exceções: (prefixos em b ou d antes de L ou R): como ab- legação [ablegação], ad- ligar [adligar], sub- lunar [sublunar] – sub-rei-tor sub-li-nhar ou su-bli-nhar
ab-di-car, op-tar, sub-por, ab­-so-lu-to, ad-je-ti-vo, af-ta, íp-si-lon, ob-vi-ar; des-cer, nas-cer, res-ci-são; ac-ne, ad-mi-ro, di-a-frag-ma, ét-ni-co, rit-mo, sub-me-ter, am-né-si:a; cor-ro-er; as-sei-o, bis-se-cu-lar; subs-cre-ver; co-or-de-nar



30
Assinaturas e firmas, incluindo cidades

Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote na assinatura do seu nome.
Arquiirmandade do Espírito Santo MacroEngenharia e Infra-Estrutura Ltda. Projetos e Idéias Ltda.
Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registro público. (Aqui se incluem os nomes das nossas cidades)
Cananéia - SP
Pompéia - SP
Bairro Lindóia (Curitiba-PR)
Lindóia do Sul - SC
Jóia - RS


Diferente é o caso de nomes de países e lugares que não são originais da língua portuguesa e sofreram tradução:
Coreia do Norte, Coreia do Sul, Eritreia e
Pompeia (Itália)

sábado, 4 de abril de 2009

NOVA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Olá Pessoal!

Apareçam por aqui para aprendermos mais sobre as novidades da Reforma Ortográfica