domingo, 25 de outubro de 2009

A SOCIEDADE DOS CUPINS E OUTROS BICHOS MAIS




Outro dia li um texto primoroso de um filósofo e professor que de forma magistral discorreu sobre a sociedade dos cupins, chamando atenção para a capacidade dos pequenos insetos no tocante a disciplina, a persistência e a constância com que se desprendem em suas atividades, acorrentados em uma programação instintiva, uma característica dos seres irracionais.

O filósofo acrescenta ainda que tais seres são dotados de inteligência concreta, o que faz com que vivam ‘colados’ à matéria e a ela limitados e finaliza, após comparação com a racionalidade dos seres humanos (dotados de uma inteligência simbólica/abstrata), mostrando que deveríamos seguir o exemplo desses animaizinhos, aplicando em nossas vidas a disciplina, persistência e a constância para alcançar nossos objetivos.

Pois bem. Após a leitura da crônica do nobre professor, fui dormir com a cabeça cheia de cupins, quando eles se foram e quase estava pegando no sono (percebi que os cupins tinham criado asas), comecei novamente a matutar sobre as diferenças entre o homem e os diminutos irracionais. O primeiro mata por prazer, o segundo por necessidade; o primeiro é suicida, se auto-destrói, o segundo, dominado pelo ‘instinto’ procura preservar-se... e por aí fui fazendo uma lista quase que interminável de comparações.

Descobri uma comparação bastante perspicaz na relação dos cupins (como também vários outros irracionais que vivem em colônias heteromorfas* como as abelhas, as formigas, etc.), suas persistências e constâncias, tem como objetivo a vida da coletividade, do grupo (talvez por serem pequeninos aprimoraram seu ‘instinto’ de viver harmonicamente em grupo, preservando-o como uma questão de vida ou morte), ao contrário do homem, o princípio e o fim em sí mesmo, acabou por se tornar extremamente individualista, contaminando e lutando para extinguir a coletividade (talvez por se acharem grandes, chegaram a luz da ‘razão’ de que é melhor ser parasita/amensalista** do que mutualista*** tudo pela mesquinhez de seu individualismo extrapolado).

Temos sim que mirar no exemplo das pequenas criaturas, até porque é essa percepção aguçada que pode fazer a diferença, colocando-nos ‘de direito e de fato’ no ápice da pirâmide. Quanto à constância, graças que não a temos, uma vez que a entropia**** do mundo nos exige a todo o momento adaptações e, portanto, inconstantes ações.

É nessa capacidade de encarar a inconteste modificação do meio (sempre em mutação), que está a característica impar do ‘bicho homem’, e aonde pode residir a esperança de nossa existência...

Deixo aqui alguns fragmentos que restaram do meu chará da extinta Éfeso, nos idos de 450 a.C., para uma reflexão mais aprofundada:

“Um homem não pode entrar duas vezes num mesmo rio.”(frag.91,12) e ainda, “Ónous sýrmat’àn helésthai mãllon è khrysón” – asnos apanham antes a palha que o ouro (frag. 9).*****


* As sociedades heteromorfas ou regulares são compostas por indivíduos com diferenças morfológicas e divisão de trabalho bem específica.

** Parasitismo é uma relação desarmônica entre seres de espécies diferentes e O amensalismo ou antibiose consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de uma população secretam ou expelem substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies.

*** A simbiose ou mutualismo é uma relação entre indivíduos de espécies diferentes, onde as duas espécies envolvidas são beneficiadas e a associação é obrigatória para a sobrevivência de ambas.

**** Grosso modo é uma lei física da termodinâmica que explica e calcula a constante mudança dos corpos (sempre em expansão), que é utilizada pelo autor em seu livro “O conflito entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental” para denominar a constante transformação e modificação do nosso meio ambiente.

***** Os pensadores – Pré-socráticos; Heráclito de Éfeso; Abril Cultural, 1978; ps. 73-136.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

COMO USAR OS GÊNEROS PARA MELHORAR A LEITURA E A ESCRITA

Eles invadiram a escola - e isso é bom. Mas é preciso parar de ficar só ensinando suas características
























Ilustrações: Otávio Silveira



Todo dia, você acorda de manhã e pega o jornal para saber das últimas novidades enquanto toma café. Em seguida, vai até a caixa de correio e descobre que recebeu folhetos de propaganda e (surpresa!) uma carta de um amigo que está morando em outro país. Depois, vai até a escola e separa livros para planejar uma atividade com seus alunos. No fim do dia, de volta a casa, pega uma coletânea de poemas na estante e lê alguns antes de dormir. Não é de hoje que nossa relação com os textos escritos é assim: eles têm formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura - em outras palavras, têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. E é essa soma de características que define os diferentes gêneros. Ou seja, se é um texto com função comunicativa, tem um gênero.


Na última década, a grande mudança nas aulas de Língua Portuguesa foi a "chegada" dos gêneros à escola. Essa mudança é uma novidade a ser comemorada. Porém muitos especialistas e formadores de professores destacam que há uma pequena confusão na forma de trabalhar. Explorar apenas as características de cada gênero (carta tem cabeçalho, data, saudação inicial, despedida etc.) não faz com que ninguém aprenda a, efetivamente, escrever uma carta. Falta discutir por que e para quem escrever a mensagem, certo? Afinal, quem vai se dar ao trabalho de escrever para guardá-la? Essa é a diferença entre tratar os gêneros como conteúdos em si e ensiná-los no interior das práticas de leitura e escrita.




Essa postura equivocada tem raízes claras: é uma infeliz reedição do jeito de ensinar Língua Portuguesa que predominou durante a maior parte do século passado. A regra era falar sobre o idioma e memorizar definições: "Adjetivo: palavra que modifica o substantivo, indicando qualidade, caráter, modo de ser ou estado. Sujeito: termo da oração a respeito do qual se enuncia algo". E assim por diante, numa lista quilométrica. Pode até parecer mais fácil e econômico trabalhar apenas com os aspectos estruturais da língua, mas é garantido: a turma não vai aprender. "O que importa é fazer a garotada transitar entre as diferentes estruturas e funções dos textos como leitores e escritores", explica a linguista Beth Marcuschi, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).




É por isso que não faz sentido pedir para os estudantes escreverem só para você ler (e avaliar). Quando alguém escreve uma carta, é porque outra pessoa vai recebê-la. Quando alguém redige uma notícia, é porque muitos vão lê-la. Quando alguém produz um conto, uma crônica ou um romance, é porque espera emocionar, provocar ou simplesmente entreter diversos leitores. E isso é perfeitamente possível de fazer na escola: a carta pode ser enviada para amigos, parentes ou colegas de outras turmas; a notícia pode ser divulgada num jornal distribuído internamente ou transformado em mural; o texto literário pode dar origem a um livro, produzido de forma coletiva pela moçada.




Os especialistas dizem que os gêneros são, na verdade, uma "condição didática para trabalhar com os comportamentos leitores e escritores". A sutileza - importantíssima - é que eles devem estar a serviço dos verdadeiros Conteúdos os chamados "comportamentos leitores e escritores" (ler para estudar, encontrar uma informação específica, tomar notas, organizar entrevistas, elaborar resumos, sublinhar as informações mais relevantes, comparar dados entre textos e, claro, enfrentar o desafio de escrevê-los). "Cabe ao professor possibilitar que os alunos pratiquem esses comportamentos, utilizando textos de diferentes gêneros", afirma Beatriz Gouveia, coordenadora do Programa Além das Letras, do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.




ACESSADO EM:


ATENÇÃO ALUNOS!

ESCREVAM ABAIXO O QUE VOCÊS ENTENDERAM SOBRE GÊNERO TEXTUAL E CITE PELO MENOS CINCO TIPOS.



terça-feira, 15 de setembro de 2009

ATENÇÃO ALUNOS! DICAS PARA UMA DISSERTAÇÃO NO ENEM.

Além da prova objetiva, o candidato, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), é exigido a redigir um texto dissertativo-argumentativo relacionado a temas sociais, políticos, culturais e científicos.

A prova de redação avalia cinco competências: Domínio da norma culta da língua escrita, compreensão da proposta da redação, interpretar e relacionar fatos, demonstrar conhecimento na língua, propor solução ao problema.

O candidato precisa demonstrar conhecimento mínimo de regras de escrita, incluindo pontuação, regência, crase, uso verbal e demais conhecimentos gramaticais.

Deve compreender o tema proposto pela redação e desenvolvê-lo através de diversos conceitos dentro do limite dissertativo-argumentativo, não é aceito escrever um texto no formato de um poema. É necessário ser claro e coerente na argumentação e na opinião.

É necessário saber expressar dados e opiniões realmente confirmáveis na imprensa e na opinião pública, que sejam pertinentes sem parecer inventivos. Selecionar o melhor argumento para defender a sua opinião.

O argumento e a opinião que o candidato defende devem ser expostos de maneira lógica, como por exemplo, no método causa e consequência. Além disso é fundamental saber usar advérbios, locuções adverbiais e conjunções da maneira correta.

Na conclusão do texto é necessário reafirmar o assunto, mas sugerir uma solução para o problema proposto no tema. A solução deve ser resultante de uma relação lógica e coerente com os argumentos e dados expostos no desenvolvimento do texto.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

COMPARANDO DIFERENTES VERSÕES DE CHAPEUZINHO VERMELHO - 3º - MAGISTÉRIO

Introdução

A presença regular de situações em que o professor lê livros de literatura para a turma é recomendável por uma série de motivos. Ao ter contato com essas obras, a criança pode apreciar a leitura; aproximar-se da linguagem desses textos; reconhecer características do portador; inteirar-se sobre o autor e identificar-se com personagens, além de construir critérios pessoais de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.
Ao lado de outras modalidades organizativas dos conteúdos de leitura e escrita - como os projetos didáticos e as atividades permanentes essa seqüência pretende contribuir para a valorização da leitura de textos literários de qualidade e o desenvolvimento do gosto pessoal do leitor. Com a sua realização, as crianças serão colocadas, desde o início da escolaridade, no lugar de leitores que interagem e pensam sobre a linguagem que se escreve, tendo o professor como um modelo de leitor que os auxiliará nessa conquista.
A escolha do conto Chapeuzinho Vermelho Chapeuzinho Vermelho é uma das narrativas de referência entre os clássicos infantis. De tradição oral, foi publicada pela primeira vez no ano de 1697, pelo escritor francês Charles Perrault. Desde então, o conto é apresentado em diferentes versões, traduções e adaptações, que têm marcado a infância das crianças nos mais diferentes países e épocas. Uma das versões mais conhecidas e traduzidas, inclusive para o português, foi escrita em 1812 pelos Irmãos Grimm.
Nesta seqüência de atividades, as crianças serão convidadas a comparar três diferentes versões do conto, que serão lidas pelo professor dentro de um intervalo de tempo. A escolha das três tem como critério a garantia da qualidade literária. Dentre elas, estão duas das principais: de Grimm e Perrault.
Essa seleção visa garantir a comparação entre as tramas e a análise dos recursos lingüísticos utilizados pelos autores. A comparação de versões de um mesmo texto consiste em uma prática usual do leitor. Ela permite estabelecer critérios de escolha de uma leitura e realizar indicações literárias. Neste trabalho, as comparações serão inicialmente coordenadas pelo professor, que fará intervenções para os alunos atentarem para outros aspectos da obra além dos que normalmente levam em conta. O professor também irá destacar recursos lingüísticos utilizados pelo autor, tradutor ou adaptação.
A leitura pelo professor Quando o professor lê para as crianças, mostra-lhes seu próprio comportamento leitor e contribui para que se familiarizem com o universo letrado. Por isso, é fundamental que ele prepare sua leitura ensaiando em voz alta, planejando intervenções para fazer antes, durante ou depois da leitura, antecipando a organização do espaço e a disposição das crianças, e, ainda, determinando o momento estratégico em que interromperá a leitura (para continuar num momento seguinte).
Ao trazer um material para ler para a classe, o professor também cuida da apresentação adequada do livro, oferece informações que servem para contextualizar a obra e despertar o interesse em conhecê-la e justifica a escolha feita.
Durante a leitura, ao fazer uma interrupção, o professor pode retomar os fatos anteriores para que as crianças não percam a seqüência narrativa. Pode-se solicitar a elas que procurem se lembrar dos últimos acontecimentos e os relatem de forma organizada. Cada uma conta aos colegas sua lembrança e, assim, o grupo vai reconstruindo a narrativa que acabou de conhecer. O professor ajuda, recontando passagens. Quando surgirem dúvidas sobre algum episódio, pode-se recorrer ao livro para esclarecê-las por meio da leitura do trecho a que se referem.
O professor compartilha com as crianças seu comportamento leitor (explicitando diferentes aspectos do que faz enquanto lê). Por exemplo, nas duas primeiras versões, dois procedimentos usuais, próprios de leitores experientes, poderão ser destacados: o uso do índice e do marcador de livro, já que os contos selecionados fazem parte de uma coletânea.
É preciso também assegurar um espaço para que a turma se manifeste a respeito do texto lido, dialogue com ele, dando-lhe, coletivamente, um sentido. Isso pode ser feito por meio de uma conversa em que cada ouvinte compartilha com os demais aquilo que desejar: as lembranças; os sentimentos e experiências suscitadas durante a leitura; os trechos mais marcantes; uma característica do texto que tenha reparado; uma dúvida ocorrida; uma hipótese confirmada ou não durante a leitura, etc. O professor se coloca como participante ativo da conversa, compartilhando suas impressões sobre o que leu, sobre relações com outros textos conhecidos pelo grupo ou com outros fatos.
Ao ouvir as opiniões das crianças, o professor possivelmente irá deparar com diferentes interpretações do que foi lido. Isso deve ser respeitado, porque, nesse caso, não há respostas corretas ou incorretas. Como todos os textos literários, a história de Chapeuzinho Vermelho permite ao leitor criar algumas interpretações enquanto lê. Nessas conversas com as crianças, o professor pode ter como foco aspectos retóricos do texto.
Prestando atenção neles, o grupo poderá perceber que, por meio da forma pela qual os acontecimentos são narrados, o autor direciona a interpretação sobre determinadas passagens. Por exemplo: pode-se perguntar às crianças se elas acham que o lobo está tentando enganar Chapeuzinho, e chamar a atenção para a forma como o autor descreve suas falas e intenções.
É importante salientar que mesmo que o conto trate de questões ligadas à moralidade, não é aconselhável utilizar sua leitura como um pretexto para oferecer às crianças lições de moral, nem tampouco para impor a opinião do professor sobre, por exemplo, as atitudes da personagem principal.
O foco desta atividade é voltar-se para o texto em si, para que as crianças possam se aproximar da linguagem escrita e desenvolvam comportamentos de leitor.
Objetivos
Valorização da leitura de textos literários de qualidade.
Desenvolvimento do gosto pessoal e de critérios de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.
Conteúdo
Leitura
Ano
Pré-escola e 1º ano
Tempo estimado
2 meses
Material necessário
Três versões diferentes da história de Chapeuzinho Vermelho, sendo que a primeira deve ser dos irmãos Grimm e a segunda de Charles Perrault.
Desenvolvimento
As situações que compõem a seqüência são as seguintes:
Leitura (feita pelo professor à classe) de uma boa versão da história para exploração dos aspectoslingüísticos característicos dos contos.
Leitura (feita pelo professor à classe) de uma segunda versão para possíveis comparações entre as versões lidas e análise de diferentes tramas e linguagens dos contos e autores.
Leitura (feita pelo professor à classe), de uma terceira versão do conto.
Além de contribuir para a aprendizagem de comportamentos leitores, as leituras feitas nesta seqüência de atividades implicarão certos comportamentos específicos que poderão ser postos em prática, como:
Comentar o que se leu. Compartilhar com outros os efeitos, sensações, sentimentos que os textos produzem.
Confrontar interpretações e pontos de vista.
Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos.
Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto.
Ler durante um período, interrompendo a leitura quando necessário.
Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida.
Recordar os últimos acontecimentos narrados, por meio da leitura de alguns parágrafos anteriores.
Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com o desenrolar da narrativa.
Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem.
Recuar no texto para recuperar aspectos relevantes e, assim, compreender melhor uma situação ou, ainda, para dar mais atenção a uma informação importante.
Comparar as personagens, ambientes e situações das diferentes versões.
Comparar as narrativas lidas com outros textos do gênero, outros autores etc.
Reconhecer certos recursos lingüísticos próprios de um autor, uma versão.
Identificar recursos lingüísticos adequados a determinadas situações comunicativas ou intenções do escritor.
ATIVIDADE 1
Leitura da primeira versão da história Irmãos Grimm Logo ao iniciar a seqüência, o professor comunica às crianças qual será o procedimento a ser seguido por ele e por seus ouvintes, de forma a assegurar que a narrativa seja compreendida e apreciada. Ele informa que lerá outras versões da mesma história, compartilhando com a turma como será realizado o trabalho.
A primeira etapa da seqüência consiste na leitura pelo professor da primeira versão da obra escolhida. É importante, nesse momento, considerar as orientações anteriores, em relação ao preparo prévio da leitura e das intervenções a serem realizadas durante a atividade. A história é curta e pode ser lida de uma única vez. Se houver mais de um exemplar do livro na escola, ele pode ser disponibilizado na sala de aula para que as crianças os manuseiem, apreciem as ilustrações e leiam no próprio texto, mesmo sem saber ler convencionalmente.
Após a leitura, quando o professor estiver certo de que as crianças já comentaram a respeito de tudo o que gostariam, ele coordena uma atividade para propor a análise de recursos lingüísticos que tornam a obra singular e atraente para o leitor. Pode, inclusive, realizar um registro das conclusões do grupo acerca de suas principais características o que será útil nas etapas seguintes da seqüência.
Um recurso que pode ser destacado da primeira versão lida são as descrições das personagens e cenários. Caso tais características não tenham sido notadas pelas crianças, o professor pode chamar a atenção para elas, relendo algumas descrições e conversando sobre a linguagem literária e os efeitos que ela produz no leitor.
Como o autor descreve o lobo no início da história, como ela estava? (faminto)
Quais foram os recursos utilizados pelo autor para descrever a floresta?
O que o lobo diz à Chapeuzinho quando eles se encontram pela primeira vez?
O que o lobo usou para fingir ser a avó da menina?
Como o autor descreve a localização da casa da avó?
O que fez Chapeuzinho perceber que a avó estava com um aspecto muito esquisito?
ATIVIDADE 2
Leitura da segunda versão da história Charles Perrault As histórias escritas pelos irmãos Grimm defendem valores como a bondade, o trabalho e a verdade. Em seus contos, as pessoas bondosas são premiadas e as maldosas são castigadas. Nem sempre isso ocorre na vida real, mas, na literatura destes autores, quem merece sempre ganha um final feliz. Já nesta versão de Charles Perrault, o desfecho da história é um pouco diferente. Chapeuzinho não tem um final feliz, pois acaba devorada pelo lobo, assim como sua avó.
Na segunda etapa da seqüência o professor realiza a leitura desta versão. Assim como na primeira etapa, as orientações para o seu encaminhamento são as descritas anteriormente no item "A leitura pelo professor".
Quando a leitura estiver concluída, o professor propõe a comparação entre as duas versões, retomando as características destacadas na análise registrada anteriormente. Nesse momento, o professor pode também registrar as conclusões das crianças a respeito das características das duas versões, relendo trechos e chamando a atenção para as semelhanças e diferenças na trama e no texto.
O que acontece no primeiro encontro entre a menina e o lobo numa versão e em outra?
Como é o diálogo entre eles em cada uma das versões?
Vamos comparar as diferentes descrições sobre a localização da casa da vovó?
Vamos ver como os autores descreveram a Chapeuzinho em cada uma das versões?
Quais são os diferentes acontecimentos que chamam a atenção e distraem Chapeuzinho Vermelho a caminho da casa de sua avó?
As recomendações da mãe no início da história são diferentes nas duas versões?
Que fim levou o lobo nas duas versões?
ATIVIDADE 3
Leitura da terceira versão da história Nesta última etapa da seqüência o professor encaminha a leitura de uma terceira versão do conto. Assim que o grupo se familiarizar com a nova versão, deve ser incentivado a conversar sobre ela. É quase certo que estabelecerão, espontaneamente, relações comparativas com as duas outras versões já trabalhadas, identificando semelhanças e diferenças. Mesmo assim, o professor pode focar suas observações em outros aspectos, voltando, com as crianças, aos registros feitos anteriormente.
Nesta terceira versão, do ponto de vista do conteúdo da história, ao invés de comer a avó o lobo a tranca dentro do armário e também não chega a comer Chapeuzinho, que pede ajuda e é socorrida pelos caçadores da floresta. Além desta diferença evidente na trama, o professor poderá continuar discutindo aspectos formais do texto, ao propor um levantamento dos fatos que se conservaram nas três versões e das diferenças no texto escrito, destacando o estilo de cada autor/tradutor/adaptação.
Exemplos de questões que podem disparar essa análise:
A mamãe pede para Chapeuzinho Vermelho levar comida à vovó.
O que diz a mãe agora, nesta terceira versão?
Chapeuzinho Vermelho se encontra com o lobo no bosque. Como cada autor relata o diálogo entre eles?
Chapeuzinho caminha pela floresta - como este cenário é descrito, o que há em cada um dos textos?
O lobo engana Chapeuzinho Vermelho e chega antes dela à casa da vovó. O que diz a ela para enganá-la nessa versão?
Quando chega, Chapeuzinho Vermelho faz perguntas ao lobo, que está deitado na cama da vovó. Há diferenças nas perguntas e respostas deste diálogo em comparação com as outras versões?
O que acontece na história assim que o lobo chega na casa da vovó? Quais as principais diferenças?
Avaliação
O professor pode acompanhar a ampliação das aprendizagens das crianças nesta seqüência, nas demais situações de leitura e produção de texto propostas em sua rotina. É importante que elas continuem refletindo sobre os aspectos característicos da linguagem dos contos clássicos, comparem essa linguagem com a de outros gêneros, utilizem esse conhecimento em suas próprias produções textuais etc.
Um trabalho semelhante ao desenvolvido nessa seqüência também pode ser realizado com diferentes versões de outros contos, como João e Maria, Branca de Neve, A Bela Adormecida e O Gato de Botas, entre outros.
Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIAChapeuzinho Vermelho e Outras Histórias, Irmãos Grimm, Ed.Paulinas, edição esgotada versão1
Os Contos de Grimm, Jakob Grimm, 288 págs., Ed. Paulus, tel. (11) 3789-4000 , 58 reais opção para Versão 1
Chapeuzinho Vermelho e Outros Contos por Imagem, Rui Oliveira, 72 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel. (11) 3705-3500 , 32 reais Versão 2
Chapeuzinho Vermelho (Coleção Grandes Clássicos), 24 págs., Ed. Girassol, edição esgotada Versão 3
ProduçãoEquipe do Programa Escola que Vale - Cedac

DESCOBRINDO O LIVRO E O PRAZER DE OUVIR HISTÓRIAS - 3º MAGISTÉRIO

0 - 3 ANOS - PRÁTICA PEDAGÓGICA:

Conteúdo: Leitura

Objetivos Criar o hábito de escutar histórias. Favorecer momentos de prazer em grupo. Enriquecer o imaginário infantil Favorecer o contato com textos de qualidade literária. Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento.
Para crianças de até 1 ano Dirigir-se aos livros por meio de falas, gestos, balbucios (gritinhos, sorrisos, vocalizações, entre outros) e expressões faciais. Imitar sons com base na fala do educador. Estabelecer situações comunicativas significativas com adultos e outras crianças do grupo. Reconhecer o livro como portador de história, manifestando prazer ao explorá-lo e ao ser convidado pelo professor para escutar o que será lido. Ouvir o professor com progressiva atenção.
Para crianças de até 3 anos Além dos objetivos acima: Ampliar repertório de palavras e histórias conhecidas. Construir frases e narrativas com base nas conversas sobre os livros. Entreter-se com leituras mais longas participando atentamente. Reconhecer e nomear alguns livros. Manipular o livro, folheando as páginas e fazendo referências às imagens. Cuidar do livro e valorizá-lo. Imitar o adulto lendo histórias
Ano Creche (0 a 3 anos)
Tempo estimado.
Todos os dias.
Material necessário
Livros de literatura, almofadas e bebês-conforto.
Desenvolvimento
O trabalho começa com a sua preparação. Selecione livros com textos bem elaborados e ilustrações de qualidade. As histórias devem ter estruturas textuais repetitivas que favorecem a compreensão e a memorização. Programe-se para disponibilizar os livros em diferentes momentos da rotina. Promova conversas sobre eles fazendo perguntas e descrições, destacando os personagens e retomando as partes que as crianças consideram mais queridas. Após apresentar um livro novo, repita a leitura dele várias vezes para que a turma possa se apropriar da narração, memorizar partes da história e interagir com seu conteúdo. Alterne, na semana, a leitura de histórias repetidas e a introdução de novas. Esteja sempre atento às iniciativas das crianças e responda a elas por meio da fala, de gestos e de expressões faciais. Sempre promova conversas entre as crianças sobre o que foi lido.
ATIVIDADE 1 Leia o livro para conhecer bem a história. Treine a entonação e a fluência da leitura lendo em voz alta para si mesmo antes de apresentá-lo aos pequenos. Prepare o espaço para que todos fiquem confortáveis. Eles podem deitar-se entre almofadas, sentar-se em roda ou no bebê-conforto. É importante que todos consigam ver o livro. Apresente-o para o grupo destacando as informações da capa (título, ilustração, nome do autor, ilustrador etc.). Faça uma breve apresentação da história despertando o interesse em escutá-la. Leia de forma fiel ao texto e vá mostrando as ilustrações conforme lê. No fim, converse com as crianças sobre a história: pergunte se e do que gostaram, volte às partes comentadas, mostre novamente as ilustrações e deixe que elas explorem o livro.
ATIVIDADE 2 Leia a mesma história nos outros dias observando sempre o interesse do grupo. Observe se solicitam a leitura do livro. Sempre que for iniciar a atividade, cuide do espaço garantindo que este seja sempre um momento confortável e prazeroso. Mostre o livro às crianças e pergunte se lembram da história: pergunte sobre o título, os personagens e os acontecimentos que lembram. Só então conte novamente a história. Essa atividade pode ocorrer em média três vezes na semana.
ATIVIDADE 3 Prepare-se para a apresentação de um novo livro realizando os mesmos procedimentos relatados na atividade 1. Inicie conversando com as crianças sobre aquele que já conhecem. Conte que irá apresentar uma nova obra que tem uma história diferente. Repita o que foi destacado anteriormente durante a leitura e a conversa sobre a história.
Avaliação
Verifique se as crianças ficam atentas a sua fala e às ilustrações. Veja se conseguem comentar a história com os colegas e se respondem às perguntas feitas sobre um livro já conhecido. Observe se conseguem se lembrar se algum título conhecido quando perguntado.
Beatriz FerrazCoordenadora de projetos de formação da Escola de Educadores e coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac),

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA CORRETA

Escrever bem é, para muitos, uma tarefa difícil. Na hora de fazer uma redação às vezes fica complicado colocar idéias no papel de forma clara. “A maioria das escolas não dá ênfase à argumentação no texto, focando a atenção excessivamente na forma e deixando de lado o conteúdo. Com isso, o aluno perde fantasia e sonhos na hora de fazer uma redação”, diz o psicopedagogo Marcos Meier.
O primeiro passo para escrever bem é aprender a criar algo que dialogue com o dia-a-dia, modifique o ambiente. “Com as turmas pequenas, costumamos fazer isso. Se eles querem mais um ventilador em sala, por exemplo, a professora elabora com eles um bilhete fazendo a solicitação. Quando o resultado aparece, eles percebem que aquele ato modificou o cotidiano”, exemplifica Meier. Outro fator que contribui para um texto de qualidade é a argumentação das idéias. “A crítica tem que aparecer. Se a escola não incentiva a criatividade, ela cria reprodutores de textos, que geralmente escrevem ‘quadrado’, ou seja, textos iguais aos de todos. O texto fica perfeito na técnica, com construção correta e sem erros gramaticais, mas pobre em conteúdo”, ressalta.

Um mito que precisa ser derrubado é o de que quem lê escreve bem. “As funções cognitivas da leitura e da escrita são diferentes. A leitura utiliza a decodificação, transforma o código escrito em fala e idéias. Já na escrita, transforma-se idéias em códigos. É claro que uma ajuda e complementa a outra, mas a relação não é imediata. Ler é importantíssimo para uma formação crítica e para adquirir novas idéias e conhecimentos”, explica Meier.

A prática é a melhor forma de aprender a construir bons textos. “Para escrever bem é necessário conhecer vários gêneros textuais, como comentário, notícia, bilhete, artigo. Tudo precisa ser treinado”, orienta Reescrever coletivamente ajuda no aprendizado e na construção de redações criativas. “Fazemos isso no colégio, pois cada um tem seu estilo de escrita. Com a contribuição de cada aluno, no final, aparecem textos bem interessantes”, conta Meier.

Para desenvolver bons textos, o Professor de Literatura e Língua Portuguesa Cláudio Parise, diz que é necessário estar atento para o que acontece no mundo. “Estar por dentro dos acontecimentos, freqüentar cinemas, teatro, enfim, participar do mundo da comunicação contribui para adquirir mais conhecimentos e refletir sobre os que já possuímos”.

O professor sugere algumas dicas que ajudam na hora de elaborar um texto:

- Escrever bem não significa escrever “difícil”. Use uma linguagem comum sem ofender a norma culta;
- Leia jornais e fique atento aos assuntos em destaque na mídia;
- Nunca usar o “achismo”. Apresente argumentos, evite chavões e lugares-comuns;
- Em hipótese nenhuma utilize gírias, palavrões e abreviações típicas do internetês como ‘vc’, por exemplo;
-Não se deixe levar pela emoção no texto. Impressione o leitor com argumentos convincentes e não com comoções apelativas;
- Citações de outros autores podem ser interessantes, desde que utilizadas com propriedade e conhecimento de causa. O abuso desta sistemática pode conotar a idéia de que quem escreve o texto não tem muita criatividade, e que se utiliza desta tática justamente para dar a falsa impressão que possui uma vasta cultura e conhecimento diversificado sobre “máximas” de autores famosos;
- A prática constante é a melhor forma de melhorar o texto. Por isso, é importante escrever sempre;

- Vestibulandos devem escrever uma redação por semana.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DÊ ASAS À MUSICALIZAÇÃO!

O projeto visava ao trabalho musical com alunos de Educação Infantil, como uma forma de desenvolver concentração e disciplina, utilizando-se o gravador como um recurso para que os alunos apreciassem e criticassem as próprias produções, com o objetivo de gravar um CD a partir destas gravações.

Tema

Iniciação musical na Educação Infantil

Título

“Dê asas à musicalização!”

Disciplina (s)

Música
Interdisciplinaridade: Matemática e Alfabetização

Conceito (s) trabalhado (s):

Arte e cultura;
As propriedades do som;
Ritmo;
Bandinha (instrumentos de percussão);
Linguagem oral e linguagem escrita;

Abrangência

Alunos da Educação Infantil (3 a 6 anos), podendo ser ampliado para alunos de Fundamental I (1a a 4a série), nas aulas de Artes.

Esta produção trata-se de:
Uma Experiência realizada durante todo o ano letivo de 2006, em forma de projeto, cuja proposta era a iniciação musical na Educação Infantil, com a utilização do gravador como elemento educacional, a fim de que os alunos desenvolvessem o senso crítico em relação ao próprio trabalho.

Cenário

O projeto foi realizado com alunos do 1o estágio da Educação Infantil (3 e 4 anos de idade) de uma escola pública (municipal), localizada na região do Heliópolis, em São Paulo.

Recursos Necessários

Aparelho de DVD e DVDS diversos;
Instrumentos musicais;
Aparelho de som;
CDs com cantigas infantis, de roda, músicas folclóricas, Palavra Cantada, Castelo Ratimbum, Rock, Black Music, Vanerão, Forró, música erudita, entre outros ritmos;
Computador (para a confecção do clipe com as atividades realizadas durante o projeto);
Gravador;
Sulfite;
Lápis de cor, giz de cera, canetinha;

Objetivo Geral:

Apreciar diferentes estilos musicais, a fim de propiciar a integração entre os alunos, desenvolvendo sua capacidade artística.

Objetivos Específicos:

Apreciar e ouvir vários estilos musicais;
Identificar, manusear e tocar diferentes instrumentos;
Identificar e distinguir os diferentes sons de acordo com intensidade, altura,duração e timbre;
Desenvolver a noção de tempo e ritmo musical;
Registrar graficamente o som: passagem do som para a linguagem escrita;
Cantar, tocar e se expressar de diferentes formas com o uso de diversas músicas e ritmos musicais;
Utilizar a música como um novo tipo de comunicação e expressão;
Identificar e distinguir diferentes estilos musicais;
Criticar as produções, por meio da gravação.

Justificativa

O projeto “Dê asas à musicalização” nasceu da necessidade de levantar a auto-estima de nossas crianças que socialmente têm uma vida difícil. A indisciplina era uma constante em nossas salas de aula, a agressividade e falta de valores nos preocupavam muito. Nosso desafio começou... E a música foi nosso carro forte junto a essa problemática, além de mágicas, teatros de fantoches, dramatizações e brincadeiras . Por meio do nosso projeto queríamos fazer com que a escola fosse uma aliada do entorno e principalmente das crianças, pois sabemos que a música contribui para a integração e desenvolvimento da autonomia de nossos alunos, além de desenvolver o senso crítico.

Desenvolvimento

Desenvolveremos um trabalho, primeiramente, com cantigas de roda e gradativamente, introduzimos outros ritmos musicais como: música erudita, rock, country, sertanejo, samba, entre outros. Explicamos que música é a arte de organizar e combinar sons. Som é uma vibração acústica que se propaga por meio de ondas sonoras.
Ouvir e apreciar a música.
No primeiro momento, as crianças cantaram as músicas e, por meio disso, inconscientemente, já estavam assimilando o ritmo musical, colocando gestos que devem ser usados no tempo certo.
Logo após esta etapa, o trabalho foi dividido em duas vertentes: iniciação à teoria musical e bandinha; contudo, foram realizados paralelamente.
Introduzimos o trabalho com bandinha musical, com a apresentação e manuseio dos instrumentos de percussão, sopro e corda.
· Primeiramente para que ficasse mais divertido e cativante nosso trabalho com música, começamos apresentando os instrumentos musicais com mágica. Uma arte que as crianças adoram e nos ajuda a desenvolver nosso trabalho em qualquer área do conhecimento. Apresentamos para eles um livro, aparentemente em branco e conforme a varinha mágica toca no livro as figuras dos instrumentos musicais aparecem, só que em preto e branco. Com outro toque de mágica, as figuras ficam coloridas. Há instrumentos de sopro, corda e percussão. É explicado e mostrado cada figura dos instrumentos que aparecem no livro.
· Feita a introdução com o livrinho mágico, apresentamos às crianças um teatro de fantoches, onde o boneco Murilo tem um baú cheio de instrumentos musicais: de sopro, corda e percussão e junto com as professoras foi mostrando e ensinando como se toca cada um deles. Os passos seguintes foram:
Expor todos os instrumentos disponíveis para as crianças manuseassem da forma que achassem adequadas, para sentirem como funciona e percebecem assim os diferentes sons;
Introduzir um instrumento por vez: escolher uma música para trabalhar com o côco;
Uma nova música para trabalhar com o chocalho; Os dois instrumentos de uma vez só. Dividir a sala em dois grupos para ambos usarem os dois tipos de instrumentos. Alternar os dois durante a música;
Introduzir os outros instrumentos um de cada vez (por aula): reco-reco, pau de rumba, tambor, pandeiro, agogô, triângulo e campanela.

Desta forma, todos os alunos entraram em contato com todos os instrumentos de percussão e formamos a bandinha da sala. Foram utilizadas diferentes músicas infantis e que faziam parte do repertório das crianças.

No segundo semestre do ano letivo, os alunos treinaram algumas músicas, escolhidas por eles mesmos, para que fossem gravadas num gravador (que utiliza fita), para que desenvolvêssemos a autocrítica sobre o trabalho que eles estavam realizando: o que estava bom, o que precisava melhorar, trocas de músicas etc.

Paralelamente à bandinha musical, desenvolvemos um trabalho de iniciação à teoria musical com as crianças. Ele seguiu as seguintes etapas:
Pedir que os alunos deitassem m nos colchões e escutassem os ruídos e sons que o ambiente produz .Som e silêncio; Logo depois deviam produzir sons somente usando o corpo (mãos, pés, boca, dedos, etc.);
Produzir sons usando corpo e ambiente ao mesmo tempo (bater os pés no chão, as mãos na mesa, mas sempre deve vir a resposta do aluno);
Contos sonoros;
Jogos que estimulam a audição:
- Jogo do “Caçador”: uma criança é escolhida para sair da sala e não pode saber o que está acontecendo dentro dela. Outra criança é escolhida para ser o gato. Quando o caçador é chamado, canta-se a seguinte música: “Senhor caçador, preste atenção, quando o gato miar, vai ter que acertar. Mia gato!”. Então, o gato mia e o caçador deve acertar qual a criança desempenhava o papel de gato;
- Jogo da Caixa Surpresa: uma vez por semana, esconder um objeto que produza algum tipo de som dentro de uma caixa. Vendar os olhos dos alunos (um aluno por vez), para que eles descubram qual o objeto, primeiro pelo tato, depois pela audição.
Desenhar um círculo no chão. Os alunos têm que andar em cima do círculo, de acordo com o ritmo da música. Não podem sair de cima da linha. Iniciamos com a música “Marcha Soldado”, que é do conhecimento de todos os alunos. Enquanto a música toca no CD ou acompanhada pelo violão, eles deviam andar em cima da linha. Depois, eles deviam andar e acompanhar a música, cantando;
Apresentados os três tipos de instrumentos: sopro, corda e percussão é hora de distinguir que instrumento está tocando;

Música “Passarinho, que som é esse?”, do CD Castelo Ratimbum: os alunos escutaram a música e tiveram que distinguir os sons de diferentes instrumentos musicais;
Confecção de instrumentos musicais com sucatas.
Além disso, houve o trabalho com as propriedades do som: altura, intensidade, duração e timbre:
Altura: (que divide os sons em graves, médios e agudos): os alunos cantaram uma música mais fina (som agudo) e mais grossa (som grave). Desta forma, foi introduzida a teoria. Logo após, eles escutaram diferentes tipos de músicas e tiveram que identificar em qual delas o som era grave e em qual, agudo, por meio de desenhos em que identificassem cada tipo de som com uma cor diferente;
Intensidade: (que é a graduação do volume sonoro):
- primeiramente cantaram uma música baixinho, depois mais alto. Quando eles assimilaram a idéia da intensidade do som, foi introduzida a música erudita, por meio da qual eles puderam identificar bem esta diferença;
- Foi colocada a Suíte nº 2: Habanera (Acto I), que tem esta variação de altura bem nítida. Primeiro eles escutaram a música e depois tiveram que usar duas cores diferentes para cada intensidade durante a música (azul para baixo e vermelho para alto). Ao final da atividade, aconteceu um debate sobre qual som prevaleceu durante a música;
- Outros artistas foram introduzidos: Vivaldi, Chopin, Beethoven, entre outros. Foram desenvolvidas atividades diversas com a música clássica: desenhar o que sentiu, desenhar enquanto escuta a música e comparar o resultado por meio de um debate, movimentar-se no ritmo da música.

Duração: nesta característica do som os alunos tiveram que identificar a duração de cada tipo de som. Foi colocada a música “Fadas e Robôs”, que só possui sons. A sala foi dividida em dois grupos: os das fadas e os dos robôs. Cada grupo teve um movimento a ser imitado. Ao iniciar a música todos se movimentam ao mesmo tempo imitando a sua personagem, no ritmo correto. Logo depois, as fadas se movimentaram só quando foi o som apropriado delas e os robôs no tempo deles. Além desta atividade, escutaram diferentes ritmos musicais e, em uma folha, os alunos representaram a duração do som por meio de traços.

Timbre: cada instrumento produz um som diferente, por exemplo, o violão tem um som diferente do violino, a flauta é diferente da gaita e assim por diante. Ao escutarem uma música ou assistirem a um show, os alunos identificaram os instrumentos que apareciam, a fim de diferenciar os diversos instrumentos e estilos musicais.
Além disso, assistiram ao vídeo do grupo “Palavra Cantada” para observar os instrumentos que eles utilizam para produzir diversos sons. Outros trechos de shows foram apresentados para que eles diferenciassem os instrumentos que são utilizados em diferentes ritmos musicais, de forma que, ao ouvirem um tipo, conseguissem identificá-lo.
Junto a este trabalho, nas aulas de informática, que acontecem semanalmente, eles entraram em contato com jogos, por meio dos quais podiam diferenciar os sons dos diferentes instrumentos e o tipo (corda, sopro, percussão), como jogo da memória, dominó, clicar no instrumento correto, entre outros.

Músicas enigmáticas: As crianças cantaram as músicas observando desenhos que lembravam parte da música.

Interdisciplinadiedade: utilizamos as letras das músicas para que as crianças, mesmo sem saber, lessem, acompanhando com o dedinho (leitura com ajuste), como uma forma de se sentirem seguras e felizes por poderem ler “com o uso da mémoria” o que ali estava escrito. Também, por meio das letras das músicas, as crianças entraram em contato com a linguagem escrita, primeiramente identificando as letras de seu nome e dos colegas. Foram, aos poucos avançando em suas hipóteses de escrita e brincando, cantando e tocando elas tiveram um interesse muito maior em aprender.

Temas transversais, como amor, amizade, respeito, carinho, higiene entre outros, também foram tratados de uma forma alegre e descontraída; afinal, música alimenta a alma e eleva o espírito.
Na matemática a música também esteve presente: quando marcamos um ritmo, temos que saber quantidade para tocarmos. Além disso, há varias letras de músicas que nos ajudaram a facilitar a aprendizagem de números, quantidade, classificação e seriação.

Comentário

Como produto final, gravamos um CD com as músicas escolhidas, cantadas e tocadas pelos alunos e que foram gravadas, primeiramente em fita e depois passadas para CD.
Apresentações das crianças no teatro do CEU para a comunidade.
Confecção de um clipe no programa Windows Movie Maker, com a seleção das principais atividades, imagens e vídeos dos alunos durante as mesmas.

Avaliação:

Os alunos foram avaliados quanto a participação nas aulas, envolvimento e integração com os outros alunos tanto na bandinha musical, como nas outras atividades. Além disso, avaliamos o desenvolvimento das atividades de registro sobre a teoria musical.

DITADO DE CAÇA-PALAVRAS CANTADO - MAGISTÉRIO

OLÁ MENINAS! VEJA UMA BELA PROPOSTA DE AULA!

Por meio da música “Aquarela”, pretendia trabalhar as diversas hipóteses de escrita que há na sala com um ditado cantado. Além disso, pude utilizar a letra da música para trabalhar, inclusive a leitura (por meio de caça-palavras cantado) e interpretação.

Tema

Leitura e escrita na música “Aquarela”

Título

Ditado e caça-palavras cantado

Disciplina (s)

Alfabetização

Conceito (s) trabalhado (s)

Leitura
Escrita
Interpretação

Abrangência

Ensino Fundamental Ciclo I (1a a 4a série)
Tempo estimado para realização5 aulas
Esta produção trata-se de:
Uma experiência realizada na 1a série do Ensino Fundamental. A proposta era trabalhar interpretação, leitura e escrita de uma maneira divertida: por meio da música, ou seja, utilizando um outro recurso para diversificar e enriquecer a aula.

Cenário

Atividade realizada em uma escola estadual de ensino fundamental (PEB I – 1a a 4a série), localizada em Santo André, cuja clientela, em sua maioria, é pouco favorecida e tem pouco acesso à cultura.

Recursos Necessários

Papel sulfite;
Letra da música “Aquarela”;
Lápis de cor;
Aparelho de som;
CD com a música “Aquarela”.

Objetivos

Compreender a mensagem transmitida pela música;
Escutar a música “Aquarela” e localizar palavras;
Escrever palavras que fazem parte da música;
Ilustrar a música.

Justificativa

Os alunos estavam muito desinteressados, nem mesmo nas rodas de história eles se mostravam estimulados. Em função disso, utilizei a música “Aquarela”, que eles já estavam cantando toda quarta-feira, antes do horário da entrada, para propor atividades divertidas e por meio das quais trabalhassem leitura e escrita.

Desenvolvimento

1) Escutaram a música.
2) Cantaram juntamente com a música tocada e acompanharam a letra entregue pela professora, seguindo com o dedo (leitura com ajuste).
3) Em seguida, a cada estrofe a música era interrompida para que os alunos verbalizassem a respeito do que entenderam e sobre o que o autor queria transmitir com a letra.
4) Caça-palavras cantado: cada aluno com sua letra em mãos deveria seguir a música e prestar atenção, pois a professora interrompia em determinada palavra, a qual eles deveriam tentar localizar, pensando na letra inicial e final. Uma vez por dia eles recebiam dois ou três versos para realizar esta brincadeira de caça-palavras e, logo em seguida, ilustravam o que dizia na música, tentando representar a imagem visual da poesia (imagem escrita).
5) Ditado cantado: dividir os alunos em duplas, de forma que alunos com hipótese de escrita mais avançada, ajudem os outros, por exemplo:
Pré – silábico X silábico com valor
Silábico sem valor X silábico com valor
Silábico com valor (na vogal) X silábico com valor (na consoante)
Silábico com valor X silábico-alfabético
Silábico-alfabético X alfabético

Em seguida, entregar o alfabeto móvel para os alunos e colocar a música para tocar. Em determinado palavra, pausar o som. Então, os alunos, que deverão prestar atenção à última palavra cantada, antes da pausa, terão que escrever a mesma junto com o parceiro, cada um escolhendo uma letra por vez, até formar a palavra.

Comentário

Nas duas atividades é necessária a intervenção do professor, principalmente, na produção escrita das palavras, pois como os alunos estão em hipóteses de escrita diferentes, haverá um pouco de discussão até que eles cheguem a um consenso.

Avaliação

Os alunos serão avaliados em 3 etapas:
Interpretação: quanto à participação nos debates e coerências nas idéias com relação à letra da música;
Escrita: quanto à participação na parceria e letras escohidas (se estão de acordo com as letras da palavra que está sendo escrita);Leitura: quanto à busca das palavras na letra da música, levando em conta a letra inicial e final das palavras e, quando necessário, na comparação de palavras que comecem e terminem iguais.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

CANTIGAS DE RODA NA SALA DE AULA





As histórias infantis e as cantigas de roda, inclusive o Atirei o pau no gato, fazem muito mais por uma criança do que apenas entreterfonte: Jornal do Brasil (08.06.2009)O desenvolvimento da fala, e consequentemente da interpretação e produção de textos, evoluem no compasso dos diálogos com os pais e das brincadeiras verbais da infância. É o que mostra uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) com crianças do ensino fundamental. O estudo é endossado pela presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Cláudia Mara Graça, que trabalha no tratamento de alunos com dificuldade de aprendizado.

Doutor pela faculdade de educação da USP e coordenador da pesquisa "Alfabetização e leitura a partir da oralidade", Claudemir Belintane mostrou a professores da rede pública do Rio, em um seminário recente, o resultado do estudo feito durante um ano com 40 crianças de primeira a quarta série de escolas da periferia de São Paulo. Os alunos não alfabetizados ao longo dos quatro anos - "um número alto", nas palavras de Claudemir - apresentaram dificuldade de memorização e narração de histórias simples, como lendas e contos, "indicados para crianças de idade inferior".

- Nesse período, houve uma melhora da comunicação oral muito precária. São alunos mais predispostos à fala comunicativa do que a qualquer tipo de texto.

Ao contrário da fala, que é fragmentada, os textos apresentados aos alunos possuíam início, meio e fim, assim como rima, jogo de palavras, trocadilhos, brincadeiras e outros recursos estéticos, que os estudantes tinham dificuldade de assimilar, embora, normalmente, sejam memorizados junto com a apreensão da linguagem, a partir dos 2 anos.

- A oralidade não se fundamenta na conversa cotidiana. É produto do conjunto de histórias, lendas, advinhações e rimas infantis. São habilidades de linguagens que preparam as bases para a escrita - define o pesquisador.

Em nenhuma criança do grupo foi diagnosticado problema neurológico.

Muitas, porém, têm problemas familiares "sérios, que geraram questões psíquicas profundas", como abandono, falta de atenção e maus tratos.

- São crianças que não recebem a carga de linguagem dada a outras.

As pessoas se comunicam com elas no imperativo: se manda, sai fora, cala a boa etc explica. - As que desde cedo brincam com a palavra, ouvem cantigas de ninar, que têm um tratamento estético, conseguem desenvolver uma linguagem muito mais rica.

À medida que a criança se afasta da primeira série sem ser alfabetizada, se torna, proporcionalmente, mais reticente à escrita. Um agravante é a troca das fontes de cultura oral, antes as brincadeiras de roda e a família, pela mídia e a indústria fonográfica, por meio de programas de TV e DVDs nem sempre educativos. O método proposto por Claudemir aos professores para resgatar o interesse e melhorar a oralidade dos alunos é a brincadeira presencial.

- Empregamos uma estrutura de ensino que recomponha a deficiência em todas as aulas, até os 5 anos. As cantigas preparam as bases para o gosto pela palavra e pela leitura, as entrada da escrita - defende.

A presidente do Conselho Regional de Fonaudiologia, Cláudia Mara Graça, usa brincadeiras, jogos e cantigas de roda como recursos terapêuticos para tratar distúrbios de aprendizado, problemas de linguagem, leitura e escrita.

- As cantigas têm uma sequência musical associada a movimentos que estimulam a fala, a percepção auditiva e do corpo - ressalta Cláudia, que cita, entre outros, o Escravos de Jó, por causa da sequência de movimento, de regras de linguagem e estímulos à coordenação motora. - Os professores devem usar essas brincadeiras.




domingo, 9 de agosto de 2009

REVISTA DO PROJETO PEDAGÓGICO ONLINE

Magistrandas acessem abaixo nos links e confira as etapas para elaborar um projeto pedagógico.

Acompanhe os 5 principais passos para entender e elaborar um projeto pedagógico fonte:

UDEMOO Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo colocou à disposição, no seu site, a Revista do Projeto Pedagógico. Vejam quais são eles:

I - Elaborando o Projeto Pedagógico
II - Trabalhando com Alunos: Subsídios e Sugestões
III - Trabalhando com Projetos
IV - Orientações aos Gestores das Unidades Escolares
V - Trabalhando com a Comunidade

domingo, 2 de agosto de 2009

O NOSSO LIVRO - POESIAS

ATENÇÃO ALUNOS:

COMENTEM ABAIXO , E FIQUEM LIVRE PARA ESCREVER POESIA(S). NADA DE CÓPIAS, SÓ PRÓPRIA AUTORIA.




"Versos só nossos,
só de nós os dois!..."
Por que me chega todo esse amor de um golpe quando me sinto triste e te sinto distante?

Temos perdido também este crepúsculo.ninguém nos viu nesta tarde com as mãos unidasenquanto a noite azul caía sobre este mundo.

Livro do meu amor, do teu amor, Livro do nosso amor, do nosso peito...
"Versos só nossos, só de nós os dois!..."

Livro do meu amor, do teu amor,

Livro do nosso amor, do nosso peito...

Abre-lhe as folhas devagar, com jeito,Como se fossem pétalas de flor.

Olha que eu outro já não sei compor

Mais santamente triste, mais perfeito

Não esfolhes os lírios com que é feito

Que outros não tenho em meu jardim de dor!Livro de mais ninguém!

Só meu! Só teu!

Num sorriso tu dizes e digo eu:Versos só nossos mas que lindos sois!

Ah, meu Amor!

Mas quanta, quanta gente

Dirá, fechando o livro docemente:


"Versos só nossos, só de nós os dois!..."


CREPÚSCULO - PABLO NERRUDA [O nosso livro - Florbela Espanca]

POEMA x POESIA


É bom ressaltar a diferença entre poema e poesia. Apesar de serem tratadas por muitos como sinônimos, o uso dos dois termos entre os estudiosos apresenta diferenças:


1.Poesia: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.


2.Poema: obra em verso em que há poesia "Se o poema é um objeto empírico e se a poesia é uma substância imaterial, é que o primeiro tem uma existência concreta e a segunda não. Ou seja: o poema, depois de criado, existe per si, em si mesmo, ao alcance de qualquer leitor, mas a poesia só existe em outro ser: primariamente, naqueles onde ela se encrava e se manifesta de modo originário, oferecendo-se à percepção objetiva de qualquer indivíduo; secundariamente, no espírito do indivíduo que a capta desses seres e tenta (ou não) objetivá-la num poema; terciariamente, no próprio poema resultante desse trabalho objetivador do indivíduo-poeta."

O poema destaca-se imediatamente pelo modo como se dispõe na página. Cada verso tem um ritmo específico e ocupa uma linha. O conjunto de versos forma uma estrofe e a rima pode surgir no interior dessa estrofe. A organização do poema em versos pode ser considerada o traço distintivo mais claro entre o poema e a prosa (que é escrita em linhas contínuas, ininterruptas).


1 - Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. RJ: Nova Fronteira, 1993. 2 - LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Ática, 1986.

INVENTANDO A INFÂNCIA - 3ºs MAGISTÉRIOS

ATENÇÃO ALUNOS:


COPIE AS QUESTÕES EM SEU CADERNO E RESPONDA.


1) Quando se inventa a infância?
2) Quais as brincadeiras citadas no vídeo que as crianças gostam?
3) Qual a definição de criança segundo um dicionário francÊs no século XVIII? qual sua opinião a está definição?
4) Quais frentes de trabalho as crianças enfrentam apresentadas no vídeo?
5) Qual a fisionomia apresentada no rosto das crianças na sala de aula, quando frequentam?
6) Qual expectativa futura é mensionada por uma crinça no vídeo?
7) Depois da invenção da prensa por Gutemberg, que fator tornou-se essencial para diferenciar crianças e adultos?
8) O que é a idade de ouro?
9) Com a invenção da televisão o que muda no conceito de criança?
10) Qual o problema das crianças compartilharem o mesmo "mundo" que os adultos?

COM AS RESPOSTAS DADAS, ORGANIZE-AS E REDIJA UM TEXO, NO QUAL VALERÁ NOTA!

sábado, 1 de agosto de 2009

CAPITÃES DE AREIA - JORGE AMADO 3ºs CIENTÍFICO

CONFIRA NO VÍDEO UM POUCO DA HISTÓRIA DO ESCRITOR:

VEJA NO VÍDEO ABAIXO REPRESENTAÇÕES DA OBRA:



LEIA A RESENHA DO LIVRO E PROCURE OBTÊ-LO NA BIBLIOTECA. ISTO O AJUDARÁ A REALIZAR A ATIVIDADE DESCRITA NO FINAL DA PÁGINA.


CAPITÃES DE AREIA
Jorge Amado


Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, via uma seqüência de reportagens e depoimentos, explicando que os Capitães da Areia é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo, Don'Aninha. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como adultos antes de se tornarem um. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, que depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido- de- Deus, um capoeirista amigo do grupo, que dá algumas aulas de capoeira para Pedro Bala, João Grande e Gato; e Pirulito, que tem grande fervor religioso. O apogeu da primeira parte é dividido em, quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e exercendo sua meninez; e quando a varíola ataca a cidade, matando um deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se indo contra a lei por isso. A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo de continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo. "Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o Rio de Janeiro para se tornar um pintor de sucesso, entristecido com a morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães de Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães de Areia e se torna um líder revolucionário comunista.
Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães da Areia são tachados como heróis no estilo Robin Hood. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães de Areia de Salvador.

Personagens


João Grande: Negro, mais alto e mais forte do bando. Cabelo crespo e baixo , músculos rígidos, tem 13 anos. Seu pai, um carroceiro gigantesco , morreu atropelado por um caminhão, quando tentava desviar o cavalo para um lado da rua. Após a morte de seu pai, João Grande não voltou mais ao morro onde morava, pois estava atraído pela cidade da Bahia. Cidade essa que era negra, religiosa , quase tão misteriosa como o verde mar. Com nove anos entrou no Capitães de areia. Época em que o Caboclo ainda era o chefe. Cedo, se fez um dos chefes do grupo e nunca deixou de ser convidado para as reuniões que os maiorais faziam para organizar os furtos. Ele não era chamado para as reuniões porque ele era inteligente e sabia planejar os furtos, mas porque ele era temido, devido a sua força muscular. Se fosse para pensar, até lhe doía a cabeça e os olhos ardiam. Os olhos ardiam também quando viam alguém machucando menores.Então seus músculos ficavam duros e ele estava disposto a qualquer briga. Ele era uma pessoa boa e forte , por isso, quando chegavam pequeninos cheios de receio para o grupo, ele era escolhido o protetor deles. O chefe dos capitães de areia era amigo de João Grande não por sua força, mas porque Pedro o achava muito bom, até melhor que eles. João Grande aprende capoeira com o Querido-de-Deus junto com Pedro Bala e Gato. João Grande tem um grande pé, fuma e bebe cachaça. João Grande não sabe ler. João Grande ,era chamado de Grande pelo professor, admirava o professor. O professor achava João Grande um negro macho de verdade.


Dora: Morreu de uma febre muito forte, depois de se tornar esposa de Pedro Bala*. Morreu como uma santa, pois havia sido boa. *Para ele, virara uma estrela.


Sem-Pernas: Morrera, se jogando de um penhasco (elevador), depois de muito correr fugindo da polícia após um roubo. Ele preferira morrer do que se entregar.


Professor: Com seu dom de pintar, fora ao "Rio de Janeiro" tentar sucesso. Lá com os quadros dos Capitães da Areia ficou famoso.


Boa-Vida: Era mais um malandro da cidade, que fazia sambas e cantava pelas ruas, nas calçadas, nos bares, a "vagabundar".


Querido-de-Deus: Ensinava os meninos a lutar capoeira. Todos no trapiche o admiravam. Era pescador.


Dalva: Era uma mulher de uns trinta e cinco anos, o corpo forte, rosto cheio de sensualidade. O Gato a desejou imediatamente.


Pirulito: Garoto magro e muito alto, olhos encovados e fundos. Tinha Hábito de rezar.
Volta-Seca: Mulato sertanejo. Viera da caatinga. tinha como ídolo o cangaceiro Lampião.


O Gato: Candidato a malandro do bando, era elegante, gostando de se vestir bem. Tinha um caso com a prostituta, Dalva, que lhe dava dinheiro, por isso, muitas vezes, não dormia no trapiche. Só aparecia ao amanhecer, quando saía com os outros, para as aventuras do dia.


João-de-Adão: Estivador, negro fortíssimo e antigo grevista, era igualmente temido e amado em toda a estiva. Através dele, Pedro Bala soube de seu pai.

ATENÇÃO ALUNOS:

APÓS LER A RESENHA FORME UMA EQUIPE ( O NÚMERO NECESSÁRIO DE PARTICIPANTE DA HISTÓRIA) E FAÇA UM PLANEJAMENTO DE UM VÍDEO DA OBRA. NO VÍDEO DEVERÁ APRESENTAR SOMENTE O DESTAQUE ( vocês decidirão o que representar) DE CADA CAPÍTULO.

MÍDIA: DVD

PRAZO DE ENTREGA: SEGUNDA QUINZENA DE OUTUBRO.

AVALIAÇÃO PARA O 4º BIMESTRE

UTILIZEM PROGRAMAS PARA EDITAR OS VÍDEOS COMO OS SEGUINTES DE SUGESTÃO:

Portable Windows Movie Maker 2.1.4026.0

Windows Movie Maker 2 Creativity Fun Pack

CyberLink PowerDirector 7.2521

VideoSpin 2.0

VideoPad Video Editor 1.00

VirtualDub 1.9.4

OBS: AS FALHAS DE GRAVAÇÃO PODERÃO SER COLOCADAS NO FINAL.

GRACILIANO RAMOS - VIDAS SECAS. 3ºs CIENTÍFICOS

CONFIRA NO VÍDEO UM POUCO DA HISTÓRIA DO ESCRITOR:

VEJA NOS DOIS VÍDEOS ABAIXO REPRESENTAÇÕES DA OBRA:




LEIA A RESENHA DO LIVRO E PROCURE OBTÊ-LO NA BIBLIOTECA. ISTO O AJUDARÁ A REALIZAR A ATIVIDADE DESCRITA NO FINAL DA PÁGINA.

RESENHA DO LIVRO

A obra se classifica entre o conto e o romance e fala do drama do retirante diante da seca implacável e da extrema pobreza que leva a um relacionamento seco e doloroso entre as personagens, quase um monólogo. Os participantes da história são: Fabiano o chefe da família, homem rude e quase incapaz de expressar seu pensamento com palavras; Sinhá Vitória, sua mulher com um nível intelectual um pouco superior ao do marido que a admira por isto; O menino mais novo, quer realizar algo notável para ser igual ao pai e despertar a admiração do irmão e da Baleia, a cadela; O menino mais velho, sente curiosidade pela palavra "inferno" e procura se esclarecer com a mãe, já que o pai é incapaz; A cadela, Baleia, e o papagaio completam o grupo de retirantes, na história; Representando a sociedade local, na história, estão o soldado amarelo, corrupto e arbitrário, impõe-se ao indefeso Fabiano que o respeita por ser representante do governo; Tomás da Bolandeira, dono da fazenda, onde a família se abrigou durante uma tempestade, e homem poderoso da região que impõe sua vontade. O livro tem l3 capítulos, até certo ponto autônomos, ligando-se por alguns temas. I - Mudança Este capítulo é o inicio da retirada, com as personagens citadas acima. Supõe uma narrativa anterior: "Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos." Tocados pela seca chegam a uma fazenda abandonada e fazem uma fogueira. A cachorra traz um preá: "Levantaram-se todos gritando. O menino mais velho esfregou as pálpebras, afastando pedaços de sonho. Sinhá Vitória beijava o focinho de Baleia, e como o focinho estava ensangüentado, lambia o sangue e tirava proveito do beijo," Fala da terra seca e do sofrimento. A comunicação é rara e ocorre quando o pai ralha com o filho e esse procedimento é uma constante no livro. Há uma intenção do autor de não dar nome aos meninos, para evidenciar a vida sem sentido e sem sonhos do retirante. "Ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. Coitado, morrera na areia do rio, onde haviam descansado, à beira duma poça: a fome apertara demais os retirantes e por ali não existia sinal de comida. Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto." II - Fabiano "Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro. Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara - se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado." Contente dizia a si mesmo: "Você é um bicho, Fabiano." Mostra o homem embrutecido, mas capaz de auto-análise. Tem consciência de suas limitações e admira quem sabe se expressar. "Admirava as palavras compridas da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas." III - Cadeia Na feira da cidade o soldado convida Fabiano para jogar baralho e depois desentende-se com ele e o prende arbitrariamente. A figura do soldado amarelo simboliza o governo e, com isto, o autor quer passar a idéia de que não é só a seca que faz do retirante um bicho, mas também as arbitrariedades cometidas pela autoridade. Ao fim do capítulo ele toma consciência de que está irremediavelmente vencido e sem ilusões com relação á sorte de seus filhos. "Sinha Vitória dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patrão invisível, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo." IV - Sinhá Vitória Enquanto o marido aspira um dia saber expressar-se convenientemente, a mulher deseja apenas possuir uma cama de couro igual a do seu Tomás da bolandeira, fazendeiro poderoso que é uma referência. Ela recorda a viagem, a morte do papagaio, o medo da seca. A presença do marido lhe dá segurança. V - O Menino Mais Novo Quer ser igual ao pai que domou uma égua e tenta montar no bode caindo e sendo motivo de chacota de irmão e da Baleia. O sonho do menino é uma forma de resistência ao embrutecimento, tal como a mãe que sonha com a cama de lastro de couro. VI - O Menino Mais Velho As aspirações da família são cada vez mais modestas. Tudo que o menino mais velho desejava era uma amizade e a da Baleia já servia bem: "O menino continuava a abraçá-la. E Baleia encolhia-se para não magoa-lo, sofria a carícia excessiva." VII - Inverno É a descrição de uma noite chuvosa e os temores e devaneios que a chuva desperta na família. Eles sabiam que a chuva que inundava tudo passaria e a seca tomaria conta de suas vidas novamente. VIII - A Festa É um dos capítulos mais tristes. É natal e a família vai à festa na cidade. Fabiano compara-se com as pessoas e se sente inferior. Depois da missa quer ir às barracas de jogo mas a mulher é contra porque ele bebe e fica valente. Acaba pegando no sono na calçada e em seus sonhos os soldados amarelos praticam arbitrariedades. A família toda sente a distância que os separa dos demais seres. Sinhá Vitória refugia-se no devaneio, imaginando-se com a cama de lastro de couro. IX - Baleia É um capítulo trágico. O autor faz uma humanização da cadela Baleia. Ela parece doente e será sacrificada. Desconfiada, tenta esconder-se. Não entende porque estão querendo fazer isso com ela. Já ferida ela espera a morte e sonha com uma vida melhor. Na história, a Baleia e sinhá Vitória são as personagens que conseguem expressar melhor os seus anseios. X - Contas Fabiano tem de vender ao patrão bezerros e cabritos que ganhou trabalhando e reclama que as contas não batem com as de sua mulher. Revolta-se e depois aceita o fato com resignação. Lembra que já fora vítima antes de um fiscal da prefeitura. O pai e o avô viveram assim. Estava no sangue e não pretendia mais nada. XI - O Soldado Amarelo É uma descrição dessa personagem. Ele aparece como é socialmente e não como é profissionalmente. A sua força vem da instituição que representa. Mais fraco fisicamente, arbitrário e corrupto, acovarda-se ao encontrar-se à mercê de Fabiano na caatinga. Fabiano vacila na sua intenção de vingança e orienta o soldado perdido. A figura da autoridade constituída é muito forte no inconsciente de Fabiano. XII - O Mundo Coberto de Penas O sertão iria pegar fogo. A seca estava voltando, anunciada pelas aves de arribação. A mulher adverte que as aves bebem a água dos outros animais. Fabiano admira-se da inteligência da mulher e procura matar algumas que servirão de alimento. Faz um apanhado da suas desgraças. O sentimento de culpa por matar a Baleia não o deixa. "Chegou-se á sua casa, com medo, ia escurecendo e àquela hora ele sentia sempre uns vagos tremores. Ultimamente vivia esmorecido, mofino, porque as desgraças eram muitas. Precisava consultar Sinhá Vitória, combinar a viagem, livrar-se das arribações, explicar-se, convencer-se de que não praticara uma injustiça matando a cachorra. Necessário abandonar aqueles lugares amaldiçoados. Sinhá Vitória pensaria como ele." XIII - Fuga A esposa junta-se ao marido e sonham juntos. Sinhá Vitória é mais otimista e consegue passar um pouco de paz e esperança. O livro termina com uma mistura de sonho, frustração e descrença. Fabiano mata um bezerro, salga a carne e partem de madrugada. "E andavam para o sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias. Eles dois velhinhos, acabando-se como uns cachorros, inúteis, acabando-se como Baleia. Que iriam fazer? Retardaram-se temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinhá Vitória e os dois meninos."

ATENÇÃO ALUNOS:

APÓS LER A RESENHA FORME UMA EQUIPE ( O NÚMERO NECESSÁRIO DE PARTICIPANTE DA HISTÓRIA) E FAÇA UM PLANEJAMENTO DE UM VÍDEO DA OBRA. NO VÍDEO DEVERÁ APRESENTAR SOMENTE O DESTAQUE ( vocês decidirão o que representar) DE CADA CAPÍTULO.

MÍDIA: DVD
PRAZO DE ENTREGA: SEGUNDA QUINZENA DE OUTUBRO.
AVALIAÇÃO PARA O 4º BIMESTRE

UTILIZEM PROGRAMAS PARA EDITAR OS VÍDEOS COMO OS SEGUINTES DE SUGESTÃO:
Portable Windows Movie Maker 2.1.4026.0
Windows Movie Maker 2 Creativity Fun Pack
CyberLink PowerDirector 7.2521
VideoSpin 2.0
VideoPad Video Editor 1.00
VirtualDub 1.9.4


OBS: AS FALHAS DE GRAVAÇÃO PODERÃO SER COLOCADAS NO FINAL.

FIGURAS DE LINGUAGEM - 3ºs CIENTÍFICOS E MAGISTÉRIOS

O duplo sentido é uma figura de linguagem semelhante ao trocadilho, na qual uma frase ou expressão pode ser entendida de duas maneiras distintas, com a intenção de provocar humor ou ironia. Em geral, o primeiro sentido é literal e ingênuo, enquanto o segundo é sarcásticoe requer do ouvinte/receptor algum conhecimento adicional.

Figura de linguagem:


Figuras de linguagem Editor chefi: Phellyp Netto. (Brasil) ou figuras de estilo / figuras de Retórica (Portugal) são estratégias literárias que o escritor pode aplicar no texto para conseguir um efeito determinado na interpretação do leitor. São formas de expressão mais localizadas em comparação às Funções da linguagem, que são características globais do texto. Podem relacionar-se com aspectos semânticasemânticos, fonologiafonológicos ou sintaxesintáticos das palavras afetadas.
Por exemplo:
sou muito burro por te feito trabalho aqui! (Exemplo de hipérbole)
Embora mais de uma maneira de classificá-las, as figuras de linguagem podem ser divididas em:


1 Figuras de palavras (figuras semânticas ou tropos) e/ou figuras de pensamento
2 Figuras de construção (ou figuras sintáticas)

Figuras de palavras (figuras semânticas ou tropos) e/ou figuras de pensamento:

Alegoria
Antífrase
Antítese
Antonomásia ou perífrase
Apóstrofe
Catacrese
Comparação por símile
Comparação simples
Disfemismo
Eufemismo
Enumeração
Matiazite
bixones
Gradação
Hipálage
Hipérbato
Hipérbole (oposto de Litotes)
Ironia
Litotes (oposto da Hipérbole)
Metáfora
Metalepse
vaquise
Metonímia (ou sinédoque)
Onomatopéia
Paradoxo
Personificação (ou prosopopeia)
Sinestesia
Oximoro

Figuras de construção (ou figuras sintáticas)

Aliteração
Anacoluto
Anadiplose
Anáfora
Analepse (oposto de Prolepse)
Assíndeto
Assonância
Circunlóquio
Clímax
Diácope
Elipse
Epístrofe
Epizêuxis
Inversão ou Hipérbato
Paranomásia
Pleonasmo
Polissíndeto
Prolepse (oposto de Analepse)
Sínquise
Silepse
Zeugma
Zoomorfização (ou Animalização)

ATENÇÃO ALUNOS:

FAÇA UM CARTAZ COM AS SEGUINTES ETAPAS:

MARGEM;

COLOQUE O TÍTULO: FIGURAS DE LINGUAGEM;

SUBTÍTULO: FIGURAS DE PALAVRAS OU FIGURAS DE CONSTRUÇÃO (depende das figuras que você utilizar);

CADA FIGURA DE LINGUAGEM DEVERÁ CONTER A EXPLICAÇÃO, E PELO MENOS DOIS EXEMPLOS QUE PODERÁ SER FRASAL OU TEXTUAL;

EQUIPE: DUPLA

OBS: NÃO ESQUEÇA DE COLOCAR O CABEÇALHO COMPLETO NO CANTO INFERIOR DO CATAZ.

DANO MORAL - ALUNA INDENIZARÁ PROFESSOR - 3ºs CINTÍFICOS E MAGISTÉRIOS


Aluna do curso de Direito de uma faculdade em Taguantinga (DF) foi condenada pela 1ª Turma Recursal do TJ-DFT a pagar cinco mil reais de reparação por danos morais a um professor, por tê-lo xingado, além de ameaçá-lo fisicamente.
A Turma Recursal confirmou sentença do juiz do 3º Juizado Cível de Taguatinga e majorou a condenação inicialmente arbitrada em 3 mil para 5 mil reais. Consta dos autos que, após ter sido pega colando e ter tido a prova recolhida pelo professor Alexssander Augusto Santos Escossa de Oliveira, a universitária Sandra Aparecida de Sousa passou a proferir impropérios.
Ao sair da sala de aula, batendo a porta, a aluna ainda ameaçou o professor e, na frente dos colegas, disse que "ele iria apanhar na saída da aula".
Citada da ação, a estudante contrapôs o pedido do autor, sob o argumento de que ela fora ofendida e humilhada pelo professor no momento da cola. Porém, testemunhas confirmaram as alegações do docente, e afirmaram que "ele se manteve educado e calmo durante as ofensas, tendo apenas recolhido a prova e o código da estudante".
As testemunhas afirmaram, também, que o fato foi bastante repercutido nos corredores da instituição de ensino.
O juiz do 3º Juizado Cível de Taguatinga condenou a estudante a pagar 3 mil reais de danos morais ao professor, mas, após recursos de ambas as partes, a 1ª Turma Recursal confirmou a condenação da estudante e aumentou o valor indenizatório para 5 mil reais.
Segundo o relator do recurso, ninguém pode ser destratado nem ser motivo de chacota por quem quer que seja, ainda mais diante de grande público. E ressaltou: "um aluno deve ter um mínimo de postura e respeito à autoridade máxima dentro de sala de aula. Uma ofensa gratuita contra um professor é um desrespeito à educação, ao corpo docente, aos colegas e a si próprio". Segundo o TJ-DFT não cabe mais recurso da decisão. A advogada Roberta Batista de Queiroz atuou em nome do autor da ação.(Proc. nº 2007.07.1.020422-3).
Fonte: http://newxereta.blogspot.com/
ATENÇÃO QUERIDOS ALUNOS:
ASSINALEM A ALTERNATIVA ABAIXO DA REAÇÃO E ESCREVA SEU COMENTÁRIO SOBRE ESTA MATÉRIA.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Interpretar um texto não é simplesmente saber o que se passa na cabeça do autor quando ele escreve seu texto. É, antes, inferir. Se eu disser: “Levei minha filha caçula ao parque.”, pode-se inferir que tenho mais de uma filha. Ou seja, inferir é retirar informações implícitas e explícitas do texto. E será com essas informações que o candidato irá resolver as questões de interpretação na prova.

Há de se tomar cuidado, entretanto, com o que chamamos de “conhecimento de mundo”, que nada mais é do que aquilo que todos carregamos conosco, fruto do que aprendemos na escola, com os amigos, vendo televisão, enfim, vivendo. Isso porque muitas vezes uma questão leva o candidato a responder não o que está no texto, mas exatamente aquilo em que ele acredita.
Vamos a um exemplo.

É mundialmente reconhecida a qualidade do champanhe francês. Imaginemos, então, que em um texto o autor trate do assunto “bebidas finas” e escreva que na região de Champagne, na França, é produzido um champanhe muito conhecido. Mais tarde, em uma questão, a banca pergunta qual foi a abordagem do texto em relação ao tema e coloca, em uma das alternativas, que o autor afirma que o melhor champanhe vendido no mundo é o da região de Champagne, na França. Se você for um candidato afoito, vai marcar essa alternativa como correta, certo?, sem parar para pensar que o autor não havia feito tal afirmação e que, na verdade, o que ele assegurou foi que há um champanhe que é muito conhecido e que é produzido na França. O fato de possivelmente ser o melhor do mundo é uma informação que você adquiriu em jornais, revistas etc. Entendeu a diferença?

Propositadamente, a banca utiliza trechos inteiros idênticos ao texto só para confundir o candidato, e ao final, coloca uma afirmação falsa. Cuidado com isso!

Contudo, não basta retirar informações de um texto para responder corretamente as questões. É necessário saber de onde tirá-las. Para tanto, temos que ter conhecimento da estrutura textual e por quais processos se passa um texto até seu formato final de dissertação, narração ou descrição.

Como o tipo mais cobrado em provas de concurso é a dissertação, vamos entender como ela se estrutura e em que ela se baseia.

Quando dissertamos, diz-se que estamos argumentando. Mas argumentando o quê? A respeito de quê?

Para formular os argumentos, antes necessitamos de uma tese, algo que vamos afirmar e defender, a respeito de um determinado assunto.

Então, por exemplo, se o assunto é “Aquecimento global” é imperativo apresentar uma tese baseada nele. Pode-se escrever “O aquecimento global tem sido motivo de preocupação por parte dos cientistas”, ou “A população deve preocupar-se com o superaquecimento do planeta” etc. O importante é que na tese esteja claro aquilo que deverá ser sustentado por meio de argumentos.

O próximo passo é estabelecer quais argumentos poderão ser utilizados para tornar a afirmação feita na tese cada vez mais sólida.
Apresentados os argumentos, basta concluir a dissertação.

Tudo o que aqui foi exposto é apenas ilustrativo para que se tenha idéia de como um texto é estruturado e, a partir daí, estudar o texto apresentado e procurar no lugar certo a resposta para cada questão.

Vejamos:

Normalmente, a tese é explicitada na primeira frase do primeiro parágrafo, coincidindo com o que chamamos de “tópico frasal”, aquela sentença que usamos para chamar a atenção em um texto e apresentá-lo de forma clara. Mas ela pode aparecer também na última frase do primeiro parágrafo.

Disso decorre que sempre que precisar encontrar a tese do texto para responder a questões sobre o que o autor pensa, por exemplo, deve-se procurá-la no primeiro parágrafo.

Todavia, se a banca quiser saber em que o autor se fundamentou para fazer tal afirmação, basta procurar a resposta nos parágrafos em que forem apresentados os argumentos.

Por exemplo, na última prova do MPU, cargo Analista Processual, da banca Fundação Carlos Chagas, foi perguntado aos candidatos o que revelava a argumentação do autor. Dentre as alternativas apresentadas, bastava saber qual era fundamentalmente um argumento utilizado pelo autor e o que ele demonstrava.

É, portanto, muito importante conhecer a estrutura de um texto para saber trabalhá-lo de forma a fazer com que ele seja um aliado na conquista de um cargo público.