terça-feira, 15 de setembro de 2009

ATENÇÃO ALUNOS! DICAS PARA UMA DISSERTAÇÃO NO ENEM.

Além da prova objetiva, o candidato, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), é exigido a redigir um texto dissertativo-argumentativo relacionado a temas sociais, políticos, culturais e científicos.

A prova de redação avalia cinco competências: Domínio da norma culta da língua escrita, compreensão da proposta da redação, interpretar e relacionar fatos, demonstrar conhecimento na língua, propor solução ao problema.

O candidato precisa demonstrar conhecimento mínimo de regras de escrita, incluindo pontuação, regência, crase, uso verbal e demais conhecimentos gramaticais.

Deve compreender o tema proposto pela redação e desenvolvê-lo através de diversos conceitos dentro do limite dissertativo-argumentativo, não é aceito escrever um texto no formato de um poema. É necessário ser claro e coerente na argumentação e na opinião.

É necessário saber expressar dados e opiniões realmente confirmáveis na imprensa e na opinião pública, que sejam pertinentes sem parecer inventivos. Selecionar o melhor argumento para defender a sua opinião.

O argumento e a opinião que o candidato defende devem ser expostos de maneira lógica, como por exemplo, no método causa e consequência. Além disso é fundamental saber usar advérbios, locuções adverbiais e conjunções da maneira correta.

Na conclusão do texto é necessário reafirmar o assunto, mas sugerir uma solução para o problema proposto no tema. A solução deve ser resultante de uma relação lógica e coerente com os argumentos e dados expostos no desenvolvimento do texto.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

COMPARANDO DIFERENTES VERSÕES DE CHAPEUZINHO VERMELHO - 3º - MAGISTÉRIO

Introdução

A presença regular de situações em que o professor lê livros de literatura para a turma é recomendável por uma série de motivos. Ao ter contato com essas obras, a criança pode apreciar a leitura; aproximar-se da linguagem desses textos; reconhecer características do portador; inteirar-se sobre o autor e identificar-se com personagens, além de construir critérios pessoais de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.
Ao lado de outras modalidades organizativas dos conteúdos de leitura e escrita - como os projetos didáticos e as atividades permanentes essa seqüência pretende contribuir para a valorização da leitura de textos literários de qualidade e o desenvolvimento do gosto pessoal do leitor. Com a sua realização, as crianças serão colocadas, desde o início da escolaridade, no lugar de leitores que interagem e pensam sobre a linguagem que se escreve, tendo o professor como um modelo de leitor que os auxiliará nessa conquista.
A escolha do conto Chapeuzinho Vermelho Chapeuzinho Vermelho é uma das narrativas de referência entre os clássicos infantis. De tradição oral, foi publicada pela primeira vez no ano de 1697, pelo escritor francês Charles Perrault. Desde então, o conto é apresentado em diferentes versões, traduções e adaptações, que têm marcado a infância das crianças nos mais diferentes países e épocas. Uma das versões mais conhecidas e traduzidas, inclusive para o português, foi escrita em 1812 pelos Irmãos Grimm.
Nesta seqüência de atividades, as crianças serão convidadas a comparar três diferentes versões do conto, que serão lidas pelo professor dentro de um intervalo de tempo. A escolha das três tem como critério a garantia da qualidade literária. Dentre elas, estão duas das principais: de Grimm e Perrault.
Essa seleção visa garantir a comparação entre as tramas e a análise dos recursos lingüísticos utilizados pelos autores. A comparação de versões de um mesmo texto consiste em uma prática usual do leitor. Ela permite estabelecer critérios de escolha de uma leitura e realizar indicações literárias. Neste trabalho, as comparações serão inicialmente coordenadas pelo professor, que fará intervenções para os alunos atentarem para outros aspectos da obra além dos que normalmente levam em conta. O professor também irá destacar recursos lingüísticos utilizados pelo autor, tradutor ou adaptação.
A leitura pelo professor Quando o professor lê para as crianças, mostra-lhes seu próprio comportamento leitor e contribui para que se familiarizem com o universo letrado. Por isso, é fundamental que ele prepare sua leitura ensaiando em voz alta, planejando intervenções para fazer antes, durante ou depois da leitura, antecipando a organização do espaço e a disposição das crianças, e, ainda, determinando o momento estratégico em que interromperá a leitura (para continuar num momento seguinte).
Ao trazer um material para ler para a classe, o professor também cuida da apresentação adequada do livro, oferece informações que servem para contextualizar a obra e despertar o interesse em conhecê-la e justifica a escolha feita.
Durante a leitura, ao fazer uma interrupção, o professor pode retomar os fatos anteriores para que as crianças não percam a seqüência narrativa. Pode-se solicitar a elas que procurem se lembrar dos últimos acontecimentos e os relatem de forma organizada. Cada uma conta aos colegas sua lembrança e, assim, o grupo vai reconstruindo a narrativa que acabou de conhecer. O professor ajuda, recontando passagens. Quando surgirem dúvidas sobre algum episódio, pode-se recorrer ao livro para esclarecê-las por meio da leitura do trecho a que se referem.
O professor compartilha com as crianças seu comportamento leitor (explicitando diferentes aspectos do que faz enquanto lê). Por exemplo, nas duas primeiras versões, dois procedimentos usuais, próprios de leitores experientes, poderão ser destacados: o uso do índice e do marcador de livro, já que os contos selecionados fazem parte de uma coletânea.
É preciso também assegurar um espaço para que a turma se manifeste a respeito do texto lido, dialogue com ele, dando-lhe, coletivamente, um sentido. Isso pode ser feito por meio de uma conversa em que cada ouvinte compartilha com os demais aquilo que desejar: as lembranças; os sentimentos e experiências suscitadas durante a leitura; os trechos mais marcantes; uma característica do texto que tenha reparado; uma dúvida ocorrida; uma hipótese confirmada ou não durante a leitura, etc. O professor se coloca como participante ativo da conversa, compartilhando suas impressões sobre o que leu, sobre relações com outros textos conhecidos pelo grupo ou com outros fatos.
Ao ouvir as opiniões das crianças, o professor possivelmente irá deparar com diferentes interpretações do que foi lido. Isso deve ser respeitado, porque, nesse caso, não há respostas corretas ou incorretas. Como todos os textos literários, a história de Chapeuzinho Vermelho permite ao leitor criar algumas interpretações enquanto lê. Nessas conversas com as crianças, o professor pode ter como foco aspectos retóricos do texto.
Prestando atenção neles, o grupo poderá perceber que, por meio da forma pela qual os acontecimentos são narrados, o autor direciona a interpretação sobre determinadas passagens. Por exemplo: pode-se perguntar às crianças se elas acham que o lobo está tentando enganar Chapeuzinho, e chamar a atenção para a forma como o autor descreve suas falas e intenções.
É importante salientar que mesmo que o conto trate de questões ligadas à moralidade, não é aconselhável utilizar sua leitura como um pretexto para oferecer às crianças lições de moral, nem tampouco para impor a opinião do professor sobre, por exemplo, as atitudes da personagem principal.
O foco desta atividade é voltar-se para o texto em si, para que as crianças possam se aproximar da linguagem escrita e desenvolvam comportamentos de leitor.
Objetivos
Valorização da leitura de textos literários de qualidade.
Desenvolvimento do gosto pessoal e de critérios de escolha de suas histórias preferidas para compartilhá-las com outros leitores.
Conteúdo
Leitura
Ano
Pré-escola e 1º ano
Tempo estimado
2 meses
Material necessário
Três versões diferentes da história de Chapeuzinho Vermelho, sendo que a primeira deve ser dos irmãos Grimm e a segunda de Charles Perrault.
Desenvolvimento
As situações que compõem a seqüência são as seguintes:
Leitura (feita pelo professor à classe) de uma boa versão da história para exploração dos aspectoslingüísticos característicos dos contos.
Leitura (feita pelo professor à classe) de uma segunda versão para possíveis comparações entre as versões lidas e análise de diferentes tramas e linguagens dos contos e autores.
Leitura (feita pelo professor à classe), de uma terceira versão do conto.
Além de contribuir para a aprendizagem de comportamentos leitores, as leituras feitas nesta seqüência de atividades implicarão certos comportamentos específicos que poderão ser postos em prática, como:
Comentar o que se leu. Compartilhar com outros os efeitos, sensações, sentimentos que os textos produzem.
Confrontar interpretações e pontos de vista.
Relacionar o conteúdo de um texto com os de outros conhecidos.
Reparar na beleza de certas expressões ou fragmentos de um texto.
Ler durante um período, interrompendo a leitura quando necessário.
Localizar o lugar em que a leitura foi interrompida.
Recordar os últimos acontecimentos narrados, por meio da leitura de alguns parágrafos anteriores.
Antecipar o que segue no texto e controlar as antecipações de acordo com o desenrolar da narrativa.
Adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem.
Recuar no texto para recuperar aspectos relevantes e, assim, compreender melhor uma situação ou, ainda, para dar mais atenção a uma informação importante.
Comparar as personagens, ambientes e situações das diferentes versões.
Comparar as narrativas lidas com outros textos do gênero, outros autores etc.
Reconhecer certos recursos lingüísticos próprios de um autor, uma versão.
Identificar recursos lingüísticos adequados a determinadas situações comunicativas ou intenções do escritor.
ATIVIDADE 1
Leitura da primeira versão da história Irmãos Grimm Logo ao iniciar a seqüência, o professor comunica às crianças qual será o procedimento a ser seguido por ele e por seus ouvintes, de forma a assegurar que a narrativa seja compreendida e apreciada. Ele informa que lerá outras versões da mesma história, compartilhando com a turma como será realizado o trabalho.
A primeira etapa da seqüência consiste na leitura pelo professor da primeira versão da obra escolhida. É importante, nesse momento, considerar as orientações anteriores, em relação ao preparo prévio da leitura e das intervenções a serem realizadas durante a atividade. A história é curta e pode ser lida de uma única vez. Se houver mais de um exemplar do livro na escola, ele pode ser disponibilizado na sala de aula para que as crianças os manuseiem, apreciem as ilustrações e leiam no próprio texto, mesmo sem saber ler convencionalmente.
Após a leitura, quando o professor estiver certo de que as crianças já comentaram a respeito de tudo o que gostariam, ele coordena uma atividade para propor a análise de recursos lingüísticos que tornam a obra singular e atraente para o leitor. Pode, inclusive, realizar um registro das conclusões do grupo acerca de suas principais características o que será útil nas etapas seguintes da seqüência.
Um recurso que pode ser destacado da primeira versão lida são as descrições das personagens e cenários. Caso tais características não tenham sido notadas pelas crianças, o professor pode chamar a atenção para elas, relendo algumas descrições e conversando sobre a linguagem literária e os efeitos que ela produz no leitor.
Como o autor descreve o lobo no início da história, como ela estava? (faminto)
Quais foram os recursos utilizados pelo autor para descrever a floresta?
O que o lobo diz à Chapeuzinho quando eles se encontram pela primeira vez?
O que o lobo usou para fingir ser a avó da menina?
Como o autor descreve a localização da casa da avó?
O que fez Chapeuzinho perceber que a avó estava com um aspecto muito esquisito?
ATIVIDADE 2
Leitura da segunda versão da história Charles Perrault As histórias escritas pelos irmãos Grimm defendem valores como a bondade, o trabalho e a verdade. Em seus contos, as pessoas bondosas são premiadas e as maldosas são castigadas. Nem sempre isso ocorre na vida real, mas, na literatura destes autores, quem merece sempre ganha um final feliz. Já nesta versão de Charles Perrault, o desfecho da história é um pouco diferente. Chapeuzinho não tem um final feliz, pois acaba devorada pelo lobo, assim como sua avó.
Na segunda etapa da seqüência o professor realiza a leitura desta versão. Assim como na primeira etapa, as orientações para o seu encaminhamento são as descritas anteriormente no item "A leitura pelo professor".
Quando a leitura estiver concluída, o professor propõe a comparação entre as duas versões, retomando as características destacadas na análise registrada anteriormente. Nesse momento, o professor pode também registrar as conclusões das crianças a respeito das características das duas versões, relendo trechos e chamando a atenção para as semelhanças e diferenças na trama e no texto.
O que acontece no primeiro encontro entre a menina e o lobo numa versão e em outra?
Como é o diálogo entre eles em cada uma das versões?
Vamos comparar as diferentes descrições sobre a localização da casa da vovó?
Vamos ver como os autores descreveram a Chapeuzinho em cada uma das versões?
Quais são os diferentes acontecimentos que chamam a atenção e distraem Chapeuzinho Vermelho a caminho da casa de sua avó?
As recomendações da mãe no início da história são diferentes nas duas versões?
Que fim levou o lobo nas duas versões?
ATIVIDADE 3
Leitura da terceira versão da história Nesta última etapa da seqüência o professor encaminha a leitura de uma terceira versão do conto. Assim que o grupo se familiarizar com a nova versão, deve ser incentivado a conversar sobre ela. É quase certo que estabelecerão, espontaneamente, relações comparativas com as duas outras versões já trabalhadas, identificando semelhanças e diferenças. Mesmo assim, o professor pode focar suas observações em outros aspectos, voltando, com as crianças, aos registros feitos anteriormente.
Nesta terceira versão, do ponto de vista do conteúdo da história, ao invés de comer a avó o lobo a tranca dentro do armário e também não chega a comer Chapeuzinho, que pede ajuda e é socorrida pelos caçadores da floresta. Além desta diferença evidente na trama, o professor poderá continuar discutindo aspectos formais do texto, ao propor um levantamento dos fatos que se conservaram nas três versões e das diferenças no texto escrito, destacando o estilo de cada autor/tradutor/adaptação.
Exemplos de questões que podem disparar essa análise:
A mamãe pede para Chapeuzinho Vermelho levar comida à vovó.
O que diz a mãe agora, nesta terceira versão?
Chapeuzinho Vermelho se encontra com o lobo no bosque. Como cada autor relata o diálogo entre eles?
Chapeuzinho caminha pela floresta - como este cenário é descrito, o que há em cada um dos textos?
O lobo engana Chapeuzinho Vermelho e chega antes dela à casa da vovó. O que diz a ela para enganá-la nessa versão?
Quando chega, Chapeuzinho Vermelho faz perguntas ao lobo, que está deitado na cama da vovó. Há diferenças nas perguntas e respostas deste diálogo em comparação com as outras versões?
O que acontece na história assim que o lobo chega na casa da vovó? Quais as principais diferenças?
Avaliação
O professor pode acompanhar a ampliação das aprendizagens das crianças nesta seqüência, nas demais situações de leitura e produção de texto propostas em sua rotina. É importante que elas continuem refletindo sobre os aspectos característicos da linguagem dos contos clássicos, comparem essa linguagem com a de outros gêneros, utilizem esse conhecimento em suas próprias produções textuais etc.
Um trabalho semelhante ao desenvolvido nessa seqüência também pode ser realizado com diferentes versões de outros contos, como João e Maria, Branca de Neve, A Bela Adormecida e O Gato de Botas, entre outros.
Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIAChapeuzinho Vermelho e Outras Histórias, Irmãos Grimm, Ed.Paulinas, edição esgotada versão1
Os Contos de Grimm, Jakob Grimm, 288 págs., Ed. Paulus, tel. (11) 3789-4000 , 58 reais opção para Versão 1
Chapeuzinho Vermelho e Outros Contos por Imagem, Rui Oliveira, 72 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel. (11) 3705-3500 , 32 reais Versão 2
Chapeuzinho Vermelho (Coleção Grandes Clássicos), 24 págs., Ed. Girassol, edição esgotada Versão 3
ProduçãoEquipe do Programa Escola que Vale - Cedac

DESCOBRINDO O LIVRO E O PRAZER DE OUVIR HISTÓRIAS - 3º MAGISTÉRIO

0 - 3 ANOS - PRÁTICA PEDAGÓGICA:

Conteúdo: Leitura

Objetivos Criar o hábito de escutar histórias. Favorecer momentos de prazer em grupo. Enriquecer o imaginário infantil Favorecer o contato com textos de qualidade literária. Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento.
Para crianças de até 1 ano Dirigir-se aos livros por meio de falas, gestos, balbucios (gritinhos, sorrisos, vocalizações, entre outros) e expressões faciais. Imitar sons com base na fala do educador. Estabelecer situações comunicativas significativas com adultos e outras crianças do grupo. Reconhecer o livro como portador de história, manifestando prazer ao explorá-lo e ao ser convidado pelo professor para escutar o que será lido. Ouvir o professor com progressiva atenção.
Para crianças de até 3 anos Além dos objetivos acima: Ampliar repertório de palavras e histórias conhecidas. Construir frases e narrativas com base nas conversas sobre os livros. Entreter-se com leituras mais longas participando atentamente. Reconhecer e nomear alguns livros. Manipular o livro, folheando as páginas e fazendo referências às imagens. Cuidar do livro e valorizá-lo. Imitar o adulto lendo histórias
Ano Creche (0 a 3 anos)
Tempo estimado.
Todos os dias.
Material necessário
Livros de literatura, almofadas e bebês-conforto.
Desenvolvimento
O trabalho começa com a sua preparação. Selecione livros com textos bem elaborados e ilustrações de qualidade. As histórias devem ter estruturas textuais repetitivas que favorecem a compreensão e a memorização. Programe-se para disponibilizar os livros em diferentes momentos da rotina. Promova conversas sobre eles fazendo perguntas e descrições, destacando os personagens e retomando as partes que as crianças consideram mais queridas. Após apresentar um livro novo, repita a leitura dele várias vezes para que a turma possa se apropriar da narração, memorizar partes da história e interagir com seu conteúdo. Alterne, na semana, a leitura de histórias repetidas e a introdução de novas. Esteja sempre atento às iniciativas das crianças e responda a elas por meio da fala, de gestos e de expressões faciais. Sempre promova conversas entre as crianças sobre o que foi lido.
ATIVIDADE 1 Leia o livro para conhecer bem a história. Treine a entonação e a fluência da leitura lendo em voz alta para si mesmo antes de apresentá-lo aos pequenos. Prepare o espaço para que todos fiquem confortáveis. Eles podem deitar-se entre almofadas, sentar-se em roda ou no bebê-conforto. É importante que todos consigam ver o livro. Apresente-o para o grupo destacando as informações da capa (título, ilustração, nome do autor, ilustrador etc.). Faça uma breve apresentação da história despertando o interesse em escutá-la. Leia de forma fiel ao texto e vá mostrando as ilustrações conforme lê. No fim, converse com as crianças sobre a história: pergunte se e do que gostaram, volte às partes comentadas, mostre novamente as ilustrações e deixe que elas explorem o livro.
ATIVIDADE 2 Leia a mesma história nos outros dias observando sempre o interesse do grupo. Observe se solicitam a leitura do livro. Sempre que for iniciar a atividade, cuide do espaço garantindo que este seja sempre um momento confortável e prazeroso. Mostre o livro às crianças e pergunte se lembram da história: pergunte sobre o título, os personagens e os acontecimentos que lembram. Só então conte novamente a história. Essa atividade pode ocorrer em média três vezes na semana.
ATIVIDADE 3 Prepare-se para a apresentação de um novo livro realizando os mesmos procedimentos relatados na atividade 1. Inicie conversando com as crianças sobre aquele que já conhecem. Conte que irá apresentar uma nova obra que tem uma história diferente. Repita o que foi destacado anteriormente durante a leitura e a conversa sobre a história.
Avaliação
Verifique se as crianças ficam atentas a sua fala e às ilustrações. Veja se conseguem comentar a história com os colegas e se respondem às perguntas feitas sobre um livro já conhecido. Observe se conseguem se lembrar se algum título conhecido quando perguntado.
Beatriz FerrazCoordenadora de projetos de formação da Escola de Educadores e coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac),

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA CORRETA

Escrever bem é, para muitos, uma tarefa difícil. Na hora de fazer uma redação às vezes fica complicado colocar idéias no papel de forma clara. “A maioria das escolas não dá ênfase à argumentação no texto, focando a atenção excessivamente na forma e deixando de lado o conteúdo. Com isso, o aluno perde fantasia e sonhos na hora de fazer uma redação”, diz o psicopedagogo Marcos Meier.
O primeiro passo para escrever bem é aprender a criar algo que dialogue com o dia-a-dia, modifique o ambiente. “Com as turmas pequenas, costumamos fazer isso. Se eles querem mais um ventilador em sala, por exemplo, a professora elabora com eles um bilhete fazendo a solicitação. Quando o resultado aparece, eles percebem que aquele ato modificou o cotidiano”, exemplifica Meier. Outro fator que contribui para um texto de qualidade é a argumentação das idéias. “A crítica tem que aparecer. Se a escola não incentiva a criatividade, ela cria reprodutores de textos, que geralmente escrevem ‘quadrado’, ou seja, textos iguais aos de todos. O texto fica perfeito na técnica, com construção correta e sem erros gramaticais, mas pobre em conteúdo”, ressalta.

Um mito que precisa ser derrubado é o de que quem lê escreve bem. “As funções cognitivas da leitura e da escrita são diferentes. A leitura utiliza a decodificação, transforma o código escrito em fala e idéias. Já na escrita, transforma-se idéias em códigos. É claro que uma ajuda e complementa a outra, mas a relação não é imediata. Ler é importantíssimo para uma formação crítica e para adquirir novas idéias e conhecimentos”, explica Meier.

A prática é a melhor forma de aprender a construir bons textos. “Para escrever bem é necessário conhecer vários gêneros textuais, como comentário, notícia, bilhete, artigo. Tudo precisa ser treinado”, orienta Reescrever coletivamente ajuda no aprendizado e na construção de redações criativas. “Fazemos isso no colégio, pois cada um tem seu estilo de escrita. Com a contribuição de cada aluno, no final, aparecem textos bem interessantes”, conta Meier.

Para desenvolver bons textos, o Professor de Literatura e Língua Portuguesa Cláudio Parise, diz que é necessário estar atento para o que acontece no mundo. “Estar por dentro dos acontecimentos, freqüentar cinemas, teatro, enfim, participar do mundo da comunicação contribui para adquirir mais conhecimentos e refletir sobre os que já possuímos”.

O professor sugere algumas dicas que ajudam na hora de elaborar um texto:

- Escrever bem não significa escrever “difícil”. Use uma linguagem comum sem ofender a norma culta;
- Leia jornais e fique atento aos assuntos em destaque na mídia;
- Nunca usar o “achismo”. Apresente argumentos, evite chavões e lugares-comuns;
- Em hipótese nenhuma utilize gírias, palavrões e abreviações típicas do internetês como ‘vc’, por exemplo;
-Não se deixe levar pela emoção no texto. Impressione o leitor com argumentos convincentes e não com comoções apelativas;
- Citações de outros autores podem ser interessantes, desde que utilizadas com propriedade e conhecimento de causa. O abuso desta sistemática pode conotar a idéia de que quem escreve o texto não tem muita criatividade, e que se utiliza desta tática justamente para dar a falsa impressão que possui uma vasta cultura e conhecimento diversificado sobre “máximas” de autores famosos;
- A prática constante é a melhor forma de melhorar o texto. Por isso, é importante escrever sempre;

- Vestibulandos devem escrever uma redação por semana.